Lucy Ramos abriu mão de personagem da favela, em Babilônia, para viver psicóloga em I Love Paraisópolis

Enviado por / FonteÉpoca, por Bruno Astuto

Lucy Ramos abriu mão de um papel em Babilônia, trama do horário nobre da Globo, para viver a psicóloga Patricia em I Love Paraisópolis, próxima novela das 19h, escrita por Alcides Nogueira e Mário Teixeira. “Não desmerecendo Babilônia, mas achei ótimo fazer uma personagem refinada, não estereotipada, diferente de tudo o que já fiz.

Nós, negros, sempre interpretamos empregados, escravos ou estamos em situação inferior”, diz ela, que no folhetim de Gilberto Braga iria interpretar uma moradora da favela que dá nome à novela. “Não gosto de entrar nesse mérito, essa coisa do negro, do racismo, é muito complicada.

O bom dessa história é fazer algo diferente e encaro isso como um avanço do mercado para nós. Um negro pode, sim, interpretar uma psicóloga”, afirma a atriz, que foi criada na favela São João, na periferia de São Paulo.

“Minha mãe e irmãos ainda vivem lá”, diz Lucy, que acaba de ser eleita embaixadora da Garnier para anunciar um novo produto para cabelos cacheados. “Onde morava era motivo de chacota ter cabelo como o meu, me chamavam de leoa. Mas nunca me rendi à ditadura do alisamento”.

Leia também:

Viola Davis enfim vive sua primeira protagonista no sucesso ‘How to get away with murder’

 

+ sobre o tema

Mick Jagger está produzindo cinebiografia sobre James Brown

A trajetória do rei do soul vai virar filme....

Lauryn Hill começa a cumprir pena de três meses na prisão

Lauryn Hill já está presa. Ed Ross, porta-voz do...

Naomi Campbell adere a campanha contra o racismo nas passarelas

Bethann Hardison, conhecida como guru do universo fashion, lançou...

Camila Pitanga: ‘O que faz as pessoas não se ouvirem e não respeitarem diferenças?’

A atriz fala sobre racismo no “horário nobre”, as...

para lembrar

Ferramenta anticolonial poderosa: os 30 anos de interseccionalidade

Carla Akotirene, autora de Interseccionalidade, pela Coleção Feminismos Plurais,...

Rosana Paulino: a mulher negra na arte

Longe de negar sua realidade e condicionar sua produção...

Carta aberta a Beatriz, Joacine e Romualda

Mais de 45 anos depois da ditadura, temos a...

Raça e educação por Sueli Carneiro

Os estereótipos dos professores a respeito da educabilidade das...
spot_imgspot_img

Poesia: Ela gritou Mu-lamb-boooo!

Eita pombagira que riscaseu ponto no chãoJoga o corpo da meninade joelho num surrão. Grita ao vento seu nomeComo se quisesse dizerQue mulher tem que...

A mulher negra no mercado de trabalho

O universo do trabalho vem sofrendo significativas mudanças no que tange a sua organização, estrutura produtiva e relações hierárquicas. Essa transição está sob forte...

Peres Jepchirchir quebra recorde mundial de maratona

A queniana Peres Jepchirchir quebrou, neste domingo, o recorde mundial feminino da maratona ao vencer a prova em Londres com o tempo de 2h16m16s....
-+=