Mapa da Desigualdade de São Paulo: quem mora na periferia vive 24 anos a menos do que morador de bairro nobre

TV Globo antecipou dado do levantamento que será divulgado nesta quarta (27) pela Rede Nossa São Paulo. Morador do Distrito Anhanguera vive em média 58 anos. Já para quem mora em Alto de Pinheiros, essa média é de 82 anos.

FONTEG1
Divisa entre a favela de Paraisópolis e o bairro do Morumbi, em São Paulo - Gabriel Cabral

Quem mora na periferia de São Paulo vive em média 24 anos a menos do que o morador de um bairro nobre da capital paulista. É o que vai mostrar o Mapa da Desigualdade de 2024 da cidade que será divulgado nesta quarta-feira (27) pela Rede Nossa São Paulo.

O estudo apresenta 11 indicadores nos 96 distritos da capital. A TV Globo antecipa nesta reportagem alguns dos dados do levantamento que será lançado.

Pelo indicador da expectativa de vida, o morador do Distrito Anhanguera, região periférica da Zona Norte de São Paulo, vive em média 58 anos. Já para quem mora em Alto de Pinheiros, área nobre da Zona Oeste do município, essa média é de 82 anos.

De acordo com a análise da Rede, a expectativa de vida varia de bairro a bairro. O local com o menor índice de vida é no Anhanguera. Em contrapartida, a região onde mais se vive é no Alto de Pinheiros.

Renda mensal

Outro indicador importante no levantamento é o da remuneração média mensal do emprego formal. Ela também varia dependendo da área.

O menor valor encontrado foi em Artur Alvim, na Zona Leste. A média salarial de quem vive lá é de R$ 2.200,70. De maneira oposta, o maior valor da cidade foi registrado no Distrito de São Domingos, na Zona Norte. A média é de R$ 8.515,29.

A Rede também analisou os deslocamentos de quem mora na capital. O estudo considerou a ida de casa para o trabalho e vice-versa. E concluiu que muitas pessoas levam mais de uma hora para chegar ao serviço.

A equipe de reportagem procurou a SPtrans para comentar sobre as melhorias no transporte público para quem mora na Zona Sul e vai até o Centro trabalhar. Por meio de nota, a empresa informou que:

“A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, informa que todas as regiões da cidade são cobertas pelo transporte público por ônibus, que atende 4,7 mil quilômetros de vias e, com uma frota de 12 mil veículos, percorre 2,3 milhões de quilômetros por dia, chegando aos locais mais distantes e com a integração entre o transporte sobre trilhos. Vale ressaltar que a tarifa municipal está congelada desde 2020 e conta com o Bilhete Único, que dá direito à integração entre até quatro ônibus.

Sobre o distrito de Marsilac, área de proteção ambiental, a população é atendida pela linha 6L01/10, que tem seu ponto final em um terminal onde é possível realizar a integração com outras linhas que ligam aos principais polos econômicos da Zona Sul, ao Centro e ao transporte de trilhos.

A Prefeitura, por meio de concessão, reformou 15 terminais municipais e está viabilizando mais um terminal na região de São Mateus. O Aquático-SP, outra iniciativa importante, foi implantado na represa Billings em maio de 2023 e reduziu o tempo de travessia entre o Cantinho do Céu e o Mar Paulista, na Zona Sul, de 1h20 para 17 minutos.”


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