Marielle Franco é nome de uma rua na cidade alemã de Colónia

FONTEPor Carla Bernardino, do Delas.Pt
Rua Marielle Franco, em Colónia, Alemanha [Fotografia: Facebook/Tamara Soliz]

A ativista dos direitos humanos brasileira e vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assassinada a tiro, em março de 2018, é agora nome de uma rua na cidade alemã de Colónia. A fotografia foi tirada por Tamara Soliz, uma mulher que retratou o novo topónimo e o divulgou na sua conta de Facebook. “Aqui, no meu bairro, na Alemanha, uma mulher negra, brasileira é homenageada. Obrigada, ela merece”, começou por escrever a mulher que revelou a iniciativa.

E explicou: “Há poucos dias, uma rua perto de casa recebeu um novo nome: Marielle Franco. Ainda provisoriamente pode ler-se a seguinte explicação: Marielle Franco (1979-2018) foi uma política feminista e ativista no Rio de Janeiro.

“Como mulher negra, lésbica da favela, ela era uma esperança para todos, que não se sentiam representados por políticos brancos, masculinos, heterossexuais. Em março de 2018, ela foi baleada na rua por desconhecidos. O caso não foi esclarecido até hoje”, recordou Tamara Soliz no mesmo post. Na galeria acima, relembre as lutas que a vereadora brasileira travou.

Esta é mais uma homenagem à malograda ativista deste lado do Atlântico. Em setembro deste ano, em Portugal, o artista Vhils concebeu e criou um mural para evocar a memória da ativista brasileira, no no âmbito do Festival Iminente. Uma iniciativa levada a cabo em parceria com a Amnistia Internacional e que pretendeu, como avançou o Delas.pt à data, celebrar “a coragem das mulheres defensoras de direitos humanos”.

No Brasil, a Lei 8.054/18 definiu o 14 de março, data do homicídio da vereadora, como o dia Marielle Franco – Dia de Luta Contra o Genocídio da Mulher Negra, na cidade que a viu sucumbir ante um atentado, que vitimou também o motorista, Anderson Gomes, que seguia no carro com a defensora dos direitos humanos. Recorde-se que esta medida teve lugar em junho, após terem volvido 120 dias sem qualquer desenvolvimento na sequência dos dois homicídios.

A 18 de dezembro último, a polícia Civil do Rio de Janeiro terá detido, segundo o portal de notícias G1, um ex-polícia militar Renato Nascimento Santos, suspeito de estar no carro que transportava o assassino da vereadora e ativista dos direitos humanos Marielle Franco. A mesma informação veiculava que o antigo polícia militar era apontado como integrante da milícia de Orlando Curicica, suspeita de ser o mandante da morte de Marielle Franco e de seu motorista. Curicica dizia-se inocente e afirmou que foi forçado a assumir a autoria do crime.

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