Marina – por Sueli Carneiro

Foto: Marcus Steinmayer
Racismo e homofobia não são  equívocos. São crimes de lesa humanidade! Produzem violência, discriminação e exclusão. Tratá-los como equívocos significa minimizá-los, descriminalizá- los.  Torná-los, portanto, meros delitos de pequeno potencial ofensivo resultando, consequentemente na “redução” da culpa ou da pena do réu.

O argumento capcioso de Marina da Silva de que Feliciano estaria sendo mais atacado por ser “evangelico e não por suas posições politicas equivocadas” é uma operação ilusionista que tem por efeito inverter as posições de vitima e algoz. É querer nos fazer esquecer “quem atirou a primeira pedra”, usando o nome de Deus em vão! É querer nos fazer esquecer as inúmeras lideranças  evangélicas que repudiaram publicamente as declarações nefastas proferidas por Feliciano perfeitamente conscientes de que pessoas como ele conspurcam a imagem da  religião que professam e os seus valores cristãos. Passando ao largo de tudo isso, na “lógica” de Marina Silva, Feliciano tornou-se vitima de intolerância religiosa! Seria engraçado, não fosse trágico.

Mas, por outro lado, essa retórica de Marina parece antes, uma operação ditada por um fino cálculo político com o qual ela constrói a vitimização dos evangelicos e ao mesmo tempo se apresenta como sua legitima defensora. Uma senha poderosa para a organização desse segmento em torno de si, especialmente nesse momento em que ela demonstra  tanta dificuldade para obter, naturalmente, o numero de assinaturas necessárias para a inscrição de seu partido, a Rede de Sustentabilidade…

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