“Marte Um” traz avanço prático e simbólico para diversidade racial, diz diretor

À CNN Rádio, Gabriel Martins, que é diretor e roteirista do longa, comemorou a visibilidade do filme, que é o indicado do Brasil ao Oscar 2023

FONTEPor Amanda Garciada, Letícia Vidica e Letícia Brito, da CNN
O cineasta Gabriel Martins/Divulgação

“Marte Um” será o filme do Brasil que disputará uma indicação ao Oscar – a principal premiação do cinema.

Em entrevista à CNN Rádio, no CNN No Plural, o diretor e roteirista do longa, Gabriel Martins, afirmou que o filme traz “conquistas simbólicas e práticas” para a diversidade racial.

“De simbólico, tem o fato de ter grande repercussão, chegando próximo do maior prêmio do cinema mundial e também traz a história de uma família negra.”

Ele destaca também que há algo de prático aliado a isso: “Temos uma equipe de pessoas pretas, com diretor preto, uma produtora com sócios pretos, trabalhando com cinema.”

Para o diretor, “não importa se há atores negros aparecendo nas telas, se por trás dela não há diversidade e não estamos abrindo espaço.”

Gabriel afirmou que “jamais esperava a repercussão”, já que, por ser um longa do cinema independente, “nem sempre temos visibilidade.”

Ele também destaca que “constantemente há a necessidade de reconstruir um orgulho da nossa comunidade negra e periférica, que parece ter esse orgulho roubado pela maneira injusta que somos tratados.”

“No filme, tentamos pensar um futuro diferente, com uma família negra em lugar positivo”, completou.

Os indicados ao Oscar de 2023 serão revelados em 24 de janeiro do ano que vem.

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