Martin Luther King: 50 anos e Geledés – Instituto da Mulher Negra: 30 anos: Exemplos de coragem, inteligência e generosidade na luta contra o racismo

FONTEPor Antonia Cezerilo Quintão para o Portal Geledés 

Martin Luther King, ativista norte-americano, lutou corajosamente contra a discriminação racial e tornou-se um dos mais importantes líderes dos movimentos pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, tendo recebido o Prêmio Nobel da Paz em 1964. Quatro anos depois, no dia 04 de abril de 1968, foi assassinado em Memphis, Tennessee, Estados Unidos. Seus ideais e seus sonhos, no entanto, permanecem cada vez mais vivos e inspiram todos aqueles que acreditam e lutam para que prevaleça a justiça e a igualdade de direitos e oportunidades entre todos os seres humanos.

Vinte e quatro anos depois, no dia 30 de abril de 1988, foi fundado em São Paulo o Geledès – Instituto da Mulher Negra. “Trata-se de uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira”. Nesses trinta anos de existência são inúmeros os Prêmios, Diplomas e Menções Honrosas, que atestam a competência e a ética de toda a equipe.

Sinto-me muito honrada e agradecida por estar associada ao Geledés, que tive o privilégio de conhecer ainda nos anos 90.  Assim que cheguei fui generosamente recebida e com todas elas, particularmente com Sueli Carneiro, uma mulher admirável, generosa e inspiradora, tenho aprendido diariamente a importância de pautarmos as nossas ações pela coerência, inteligência e compaixão.

Quero manifestar, mais uma vez, a minha gratidão e reconhecimento. Parabéns pelos 30 anos!

E espero que possamos estar juntas nas comemorações dos 40 anos, 50, 60…

Sabemos que a luta contra o racismo é grandiosa e não se limita as fronteiras nacionais. As populações negras sofrem prejuízos e são vítimas de discriminação e violência em diversos países, segundo pesquisa realizada pelas Organizações das Nações Unidas. Por isso, a Assembleia Geral da ONU proclamou o período entre 2015 e 2024 como a Década Internacional de Afrodescendentes (resolução 68/237) com o objetivo de reforçar a cooperação nacional, regional e internacional para garantir os direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos dos afrodescendentes.

Com o objetivo de contribuir para este grande desafio proposto pela ONU, tenho organizado e coordenado Encontros e Palestras referentes a Década Internacional de Afrodescendentes no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, onde ingressei como Membro Titular em 2016 e recentemente tomei posse como Diretora Cultural. Para o próximo Encontro, em data a ser confirmada e divulgada, teremos a presença da ilustre e querida Profa. Dra. Eunice Prudente, que com a gentileza e elegância que lhe é peculiar, prontamente aceitou o meu convite. Em breve divulgaremos a data deste que será o VI Encontro da Década Internacional de Afrodescendentes no IHGSP.

 

Antonia Cezerilo Quintão
Docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Diretora Cultural do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo – IHGSP

** Este artigo é de autoria de colaboradores ou articulistas do PORTAL GELEDÉS e não representa ideias ou opiniões do veículo. Portal Geledés oferece espaço para vozes diversas da esfera pública, garantindo assim a pluralidade do debate na sociedade.

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