Morte de Breonna Taylor: departamento de Justiça dos EUA abre investigação contra polícia de Louisville

FONTEDo G1
Breonna Taylor, jovem morta em ação policial nos EUA em março de 2020 — Foto: Courtesy of Taylor Family attorney Sam Aguiar via AP, Arquivo

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (26) que vai abrir uma investigação contra a polícia de Louisville (Kentucky) sobre a morte de Breonna Taylor, uma jovem negra de 26 anos baleada por policiais durante uma ação em março do ano passado. O governo da região metropolitana da cidade onde o crime ocorreu também será investigado.

É a segunda vez no governo de Joe Biden que o Departamento de Justiça abre uma investigação contra forças de seguranças locais. Nesta semana, o secretário Merrick Garland — que, nos EUA, acumula a função de procurador-geral — pediu apuração sobre as táticas policiais de Mineápolis, no contexto da morte de George Floyd.

Assim como na morte de Floyd, o caso Breonna Taylor revoltou os EUA porque a jovem foi assassinada dentro de casa, durante a noite, em uma operação de busca de drogas. Nenhum entorpecente foi encontrado no local. Ela e o namorado dormiam quando os policiais invadiram a casa.

O inquérito vai apurar se a polícia adotava esse procedimento de atirar em pessoas que não oferecem perigo como um padrão. Os investigadores também devem averiguar casos de abuso de poder, como detenções ilegais. Os métodos de treinamento dos policiais também estão na mira da investigação.

“É claro que os agentes públicos em Mineápolis e Louisville, incluindo aqueles que atuam dentro das forças de segurança, reconhecem a importância e urgência de nossos esforços”, disse o secretário Garland.

Em setembro do ano passado, apenas um dos três policiais envolvidos na morte de Breonna Taylor foi formalmente acusado, o que levantou novos protestos pelos EUA.

Também em setembro, a prefeitura de Louisville se comprometeu a pagar US$ 12 milhões à família de Taylor. Além disso, as autoridades locais prometeram fazer uma reforma nas forças locais de segurança.

Caso George Floyd: polícia negou padrão violento
O desenrolar dos inquéritos contra a polícia de Louisville ganha maior significado após o julgamento de Derek Chauvin, em que o júri decidiu pela condenação do ex-policial que matou George Floyd. Ouvidos nas audiências, policiais de Mineápolis — inclusive instrutores da academia de polícia — negaram que o ato de ajoelhar no pescoço do cidadão abordado esteja entre os padrões da corporação.

Protestos contra o racismo e contra a violência policial — que já costumavam ocorrer nos EUA pontualmente após os casos mais notórios — se espalharam por todo o país e por diversas partes do mundo no fim de maio de 2020, quando o vídeo mostrando a morte de Floyd veio à tona.

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