Mulheres denunciam racismo em agência bancária na Barra e apontada como autora das ofensas é presa

Caso aconteceu em uma agência do Bradesco no Barra Shopping na tarde desta quarta-feira (5). De acordo com testemunhas, a cliente começou a xingar outras clientes negras depois de não conseguir resolver uma operação bancária.

FONTEG1, por Elisa Soupin
Imagem: Geledés

Três mulheres registraram queixa na polícia afirmando terem sido vítimas de racismo em uma agência do banco Bradesco que fica dentro do Barra Shopping, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na tarde desta quarta-feira (5). A autora das ofensas de cunho racial foi presa na 16ª DP (Barra da Tijuca).

Fabiana Garcia Cunha e a irmã dela Regina Garcia da Cunha contaram que estavam dentro da agência, por volta das 15h20, quando uma outra cliente, identificada como sendo Maria Cristina Rodrigues dos Santos, visivelmente “descontrolada”, começou a proferir ofensas racistas contra elas e mais uma mulher negra que estava na agência.

Segundo os relatos, Maria Cristina, de 53 anos, estava aborrecida por não ter conseguido fazer uma operação bancária e furou a fila do caixa eletrônico. Fabiana contou ao g1 que, ainda assim, ninguém reclamou, pois todos perceberam que ela estava alterada.

Quando a mulher não conseguiu resolver a situação no caixa eletrônico, começou a fazer ofensas racistas, conforme relato das vítimas e de outras pessoas que estavam no local.

“Ela olhou pra gente e disse que negro, quando não cagava na entrada, cagava na saída. Disse que negro não era gente, que negro não era ninguém. Disse que eu roguei uma praga pra ela e por isso ela estava tossindo”, relatou Fabiana.

As vítimas, então, chamaram o segurança, que acionou a polícia. Quando policiais do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) chegaram, Maria Cristina se recusou a ser levada para a delegacia e continuou com as ofensas, na frente dos PMs, que testemunharam o crime.

Levada para a 16ª DP, a mulher prestou depoimento e foi presa em flagrante. Contudo, o delegado adjunto William Bezerra representou pela liberdade provisória e sugeriu a aplicação de medidas cautelares para Maria Cristina por ter se tratado de um “crime sem violência” e sem possibilidade aplicação de fiança, pela natureza do crime.

Maria Cristina não tinha antecedentes criminais e será encaminhada para a audiência de custódia nesta quinta-feira (6).

Procurado, o Bradesco afirmou que repudia qualquer tipo de racismo, intolerância ou preconceito.

-+=
Sair da versão mobile