Mulheres na frente da luta contra a extrema-direita

Foto- EPA:J. M. GARCIA

“Noutros países da Europa, nem a extrema-direita se atreve a atacar desta forma o movimento feminista”.

Mulheres protestando contra o feminicidio
Foto- EPA:J. M. GARCIA

por JN.PT

O desabafo é de Alicia Navascués, porta-voz da plataforma andaluza Mujeres 24H, que admite ao JN ter ficado surpreendida com a forma como o partido Vox está a centrar o seu discurso na deslegitimação das lutas pela igualdade.

E a quebrar a unidade que existia em Espanha no combate à violência de género, que matou 972 mulheres entre 2003 e 2018 e fez o Governo orçamentar mil milhões de euros para medidas de luta.

Defensor de uma linha dura contra a imigração, intransigente com o independentismo catalão e crítico das leis que visam devolver justiça às vítimas do franquismo, o Vox assumiu também o feminismo como um dos principais alvos dos seus ataques, colocando em dúvida a existência de violência de género e os dados oficiais sobre vítimas e denúncias.

Com um programa radical, que pretende também proibir o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o partido de Santiago Abascal conseguiu em dezembro 400 mil votos na Andaluzia.

O resultado permitiu-lhes eleger 12 deputados regionais e ter um papel- -chave na investidura do candidato do Partido Popular (PP), Juan Manuel Moreno.

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