Mulheres negras reivindicam políticas públicas de saúde

Origens: Jurema Werneck, médica e diretora da Anistia Internacional no Brasil - Foto: Adriana Medeiros

Mulheres negras latino americanas comemoram neste sábado o Dia da Mulher Afrolatina. A data foi instituída em 1992 durante um fórum de discussões sobre temas relacionados à população negra. Para os movimentos sociais ainda é preciso avançar muito para assegurar condições de igualdade social e econômica às comunidade negras na América Latina.

Fonte: Jornal Correio do Brasil –

A integrante do Fórum de Mulheres Afrolatinas do Distrito Federal Jaqueline Fernandes diz que ainda faltam políticas públicas eficientes para as mulheres negras.

 

– Precisamos de políticas públicas para a mulher negra, principalmente na área de saúde. Nós somos muito vulneráveis a doenças e não há políticas públicas de saúde para a mulher negra. Isso também ocorre na área de cultura e no acesso ao emprego.

 

A coordenadora da Organização Não Governamental (ONG) Criola Jurema Werneck afirma que a questão da saúde da mulher negra á um tema importante, porque há muitas carências nessas área por falta de políticas pública. Segundo ela, as mulheres negras têm os maiores índices de morte materna por causas que poderiam ser evitadas.

 

– A literatura médica no mundo inteiro diz que a mulher negra é mais vulnerável a ter pressão alta na gravidez, o que pode provocar a pré-eclampsia e a eclampsia. Todo mundo que é da área de saúde sabe disso -, assinala Jurema.

 

Contudo, de acordo com Jurema, quando as mulheres negras conseguem fazer o pré-natal, não conseguem fazer o número de consultas mínimas necessárias e quando conseguem, nem sempre tem atendimento adequado como a medição da pressão arterial.

 

Para as mulheres negras terem políticas públicas eficientes, assinala Jurema, é necessário vencer o racismo institucionalizado.

 

– É preciso fazer um diagnostico aprofundado sobre quais as verdadeiras necessidades das mulheres negras e, a partir daí ,desenvolver ações e fazer com que elas cheguem a nós. Parece simples, mas significa enfrentar uma coisa chamada racismo institucionalizado, que é o racismo que está não só nas pessoas, mas na forma como a política pública é feita todos os dias.

 

Matéria original: Mulheres negras reivindicam políticas públicas de saúde

-+=
Sair da versão mobile