Negra Soy: Conheça cinco mulheres artistas negras e latino-americanas

Black power, raízes latinas e o poder feminino são temas constantes nas letras dessas cantoras que começam a ganhar o mundo com seus hits. No mês em que se celebra a mulher afro-latino-americana selecionamos cinco vozes da cena musical que não vão sair dos seus ouvidos

Por Silvana Martins| Luciana Paulino, Da Marie Claire

Ilustração com a cantora Koffe, onde mostra ela sentada e duas caxas de som a sua volta, o fundo da imagem é composto por desenhos africanos na cor verde abacate
Cantoras – Koffee (Foto: Ilustração Silvana Martins)

Nome: Mikayla “Koffee” Simpson, 19 anos
Estilo: Reggae e Dancehall
Discografia: EP Rapture (2019)

Trajetória: A relação de Koffee com a música começou cedo, quando, ainda criança, começou a cantar no coral da igreja. A carreira profissional teve início depois de vencer um show de talentos em sua escola – que era, na verdade, uma audição que a levou a estudos mais profundos de teoria musical e técnica vocal. Koffee estourou globalmente quando lançou “Burning”, uma música em homenagem ao atleta Usain Bolt, que o próprio corredor repostou em suas redes sociais. Cantora, compositora, DJ e guitarrista, a jovem jamaicana mostra sua versatilidade em seu EP de estreia, que passeia entre as vertentes do reggae e mantém um foco inabalável em incríveis ganchos melódicos.

Cantoras – Amara La Negra e Maluca Mala (Foto: Ilustração Silvana Martins)

Nome: Diana Danelys De Los Santos “Amara La Negra”, 28 anos
Estilo: Hip-Hop
Discografia: Unstoppable (2019)

Trajetória: Ficou conhecida quando participou da série de TV Love and Hip Hop: Miami, um reality com cantoras da cidade, lançado no ano passado. Ganhou destaque graças a suas declarações fortes de orgulho à herança negra e latina. Sua carreira, no entanto, começou muito antes disso, quando tinha apenas 4 anos e ganhou uma vaga de dançarina-assistente em um popular programa da Univision, rede de televisão com uma programação exclusiva para a comunidade latina nos EUA. Desde então, nunca mais saiu dos palcos. Além de ser uma promessa musical e de vibrar uma carreira em ascensão, também faz sucesso no Instagram, com fotos que exaltam seu black power e mensagens de incentivo – em especial para a comunidade negra latina.

Nome: Natalie Ann Yepez “Maluca Mala”, 36 anos
Estilo: Tropical Punk
Discografia: EP El Tigeraso (2009), Make That Move (2015), Mala (2016)

Trajetória: Maluca nasceu e cresceu em NY, mas tem forte influência Dominicana devido à nacionalidade dos seus pais e ao bairro onde morava, Washington Heights, ao norte de Manhattan, conhecido pela alta concentração de dominicanos. Seu pai trabalhava como DJ e a introduziu a ritmos latinos como a cumbia, o merengue e o mambo. Mais tarde, na adolescência, teve contato com o hip-hop, abrindo seu leque de referências musicais. Mas foi em um encontro casual que Maluca Mala entrou para o show business: o DJ e produtor americano Diplo a viu cantando em um karaokê no bar em que trabalhava no Lower East Side, em Nova York, e convidou a irreverente compositora para produzir um EP, El Tigeraso. O trabalho é uma mistura rica de ritmos que foi chamada de “experimental tropical punk, gueto tech e hip-house”.

Cantoras – Danay Suarez e Princess Nokia (Foto: Ilustração Silvana Martins)

Nome: Danay Soarez, 33 anos
Estilo: R&B/Jazz
Discografia: Polvo De La Humedad (2011), Palabras Manuales (2017), Viejo Sonido (2019)

Trajetória: A versátil artista cubana começou sua carreira com apenas 15 anos, cantando na Agência Cubana de Rap, uma entidade local que promove o hip-hop em Cuba. Hoje, ela tem excursionando com sucesso pela Europa e EUA e se apresentado com uma banda reggae jazz que emana latinidade. Um episódio curioso chama atenção em sua carreira: as canções originais do disco Palavras Manuales foram perdidas não uma, mas três vezes, levando Danay a refazer o trabalho em todas as ocasiões. E como resiliência é a palavra-chave do sucesso, a cantora cubana foi indicada a quatro categorias no Grammy Latino com o mesmo álbum, incluindo Artista Revelação e Disco do Ano.

Nome: Destiny Frasqueri “Princess Nokia”, 26 anos
Estilo: Rap
Discografia: Metallic Butterfly (2014), 1992 (2016)

Trajetória: A rapper é um dos grandes destaques da cena contemporânea, seja por suas rimas afiadas e conectadas com o feminismo negro, seja pela presença de palco energizante. Já foi conhecida como Wavy Spice, época em que suas letras não tinham o apelo ativista das canções de hoje. Com o disco Metallic Butterfly, em 2014, a artista passou a assinar como Princess Nokia, levando seu trabalho a outros caminhos. O disco é uma verdadeira viagem afrofuturista, proposta que embala a rapper até os dias de hoje. Somada à cultura afro, a artista constantemente apresenta suas raízes latinas, como fica evidente na música “Brujas”, em que evoca toda a arte da “brujería” herdada das suas ancestrais.

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