Netflix desfalca Disney e contrata Kenya Barride criador série negra por US$ 100 milhões

imagem: UOL

Na guerra por conteúdo para o streaming, a Netflix venceu mais uma batalha contra a Disney. A plataforma firmou nesta quinta (16) um contrato de três anos com Kenya Barris, que gira em torno de US$ 100 milhões (R$ 390 milhões). Criador de Blackish, Barris era contratado do ABC Studios, pertencente ao grupo Disney, que planeja lançar um serviço de video on-demand no próximo ano.

por João da Paz no UOL

imagem: UOL

Produtor e roteirista de séries negras, como The Game (2006-2015) e Girlfriends (2000-2008), Barris explodiu em Hollywood com Blackish. Lançada em 2014, a série traz uma família negra, que mora em um bairro rico, rodeada por vizinhos brancos. O publicitário Andre Johnson (Anthony Anderson) faz de tudo para ensinar aos filhos mimados a beleza e os valores da cultura negra.

Aclamada pela crítica, Blackish é a única comédia da TV aberta dos Estados Unidos que concorre ao Emmy deste ano. Em 2017, a comediante Tracee Ellis Ross levou o Globo de Ouro de melhor atriz, primeira negra a vencer essa categoria em 34 anos. Tracee interpreta a médica Rainbow Johnson na trama.

Barris deixa o posto de showrunner (o faz-tudo de uma série) de Blackish, mas continua listado como produtor-executivo. Esse é o cargo dele também em Grownish, filhote de Blackish, uma comédia de sucesso do canal Freeform, também da Disney.

A série derivada acompanha a vida da jovem Zoey Johnson (Yara Shahidi), filha mais velha do casal Andre e Rainbow, que dá os primeiros passos na vida adulta ao entrar na faculdade. Grownish elevou o status de Yara ao nível de ícone da juventude norte-americana pelo seu engajamento político.

Os três anos de Barris na Netflix podem se estender para mais dois, dependendo do desempenho de suas produções. O contrato é de exclusividade, e o produtor irá comandar todos os novos projetos, o que inclui escrever os roteiros.

Time de estrelas

Barris é mais um produtor de conteúdo que a Netflix tira dos estúdios da rede ABC. Há um ano, a gigante do streaming fechou com Shonda Rhimes um acordo que o jornal The New York Times disse valer US$ 150 milhões (R$ 585 milhões), por quatro anos.

Ela encerrou uma carreira de 15 anos na ABC, na qual criou séries históricas, como Grey’s Anatomy e Scandal (2012-2018). No mês passado, a Netflix anunciou as sinopses de nada menos do que sete séries (e um documentário) que Shonda produzirá para a plataforma. Na década e meia que passou na TV aberta, ela trabalhou em nove séries.

Em fevereiro, Ryan Murphy (de American Crime Story e Glee) acertou com a Netflix um contrato de cinco anos, na casa dos US$ 300 milhões (R$ 1,17 bilhão). Ele trabalhava para o estúdio de televisão do grupo Fox, recentemente comprado pela Disney.

Esses desfalques que a Netflix fez na Disney, em uma grande jogada nos bastidores, não saíram barato. Ao todo, a empresa irá desembolsar R$ 2,15 bilhões para contar com o talento desses três superprodutores pelos próximos cinco anos, no mínimo.

-+=
Sair da versão mobile
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.

Strictly Necessary Cookies

Strictly Necessary Cookie should be enabled at all times so that we can save your preferences for cookie settings.

If you disable this cookie, we will not be able to save your preferences. This means that every time you visit this website you will need to enable or disable cookies again.