No Rio, lei cria o Dia Marielle Franco contra o genocídio da mulher negra

FONTEDo Brasil247
Márcia Foletto / Agência O Globo

O governador Luiz Fernando Pezão sancionou a lei nº 8.054, que inclui no calendário oficial do estado o “Dia Marielle Franco – Dia de Luta contra o genocídio da Mulher Negra” a ser comemorado em 14 de março; nesta data, instituições públicas e privadas deverão promover debates e palestras com o intuito de provocar a reflexão sobre o genocídio de mulheres negras

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, sancionou, no Diário Oficial desta quarta-feira (18), a lei nº 8.054, que inclui no calendário oficial do estado o “Dia Marielle Franco – Dia de Luta contra o genocídio da Mulher Negra” a ser comemorado em 14 de março. Nesta data, as instituições públicas e privadas deverão promover debates e palestras com o intuito de provocar a reflexão sobre o genocídio de mulheres negras.

Segundo Renata Souza, ex-chefe de gabinete da vereadora, a decisão é algo simbólico. Ela afirmou que o importante são as mulheres negras estarem no foco de políticas públicas. Seu relato foi publicado no Globo.

“Ter o dia 14 de março como uma data que resgate e rememore a luta de Marielle Franco pela vida das mulheres negras, pobres, faveladas e periféricas é muito importante e simbólico. É urgente que as mulheres negras sejam foco das políticas públicas, porque são as principais vítimas da falta de assistência do Estado. Por isso, são essas mulheres negras que nos últimos 10 anos tem os maiores índices de feminicídio, quando são assassinadas por seus companheiros, em relações abusivas”, disse.

“Também são as principais vítimas de violência obstétrica, nos hospitais públicos e também por conta dos abortos em clínicas de fundo de quintal. São elas as principais vítimas de morte materna. Ou tratamos desses assuntos com seriedade, como a Marielle os tratou, ou mulheres negras continuarão sendo as principais vítimas fatais da omissão do Estado”, complementou.

Marielle foi assassinada dentro de um carro no dia 14 de março, no centro do Rio. De acordo com a Polícia Civil, os criminosos escolheram um ponto cego e cometeram o homicídio em um lugar sem câmeras. Entre as dificuldades das investigações do assassinato está justamente a falta de imagens do momento do crime. Também perseguiram a parlamentar por cerca de quatro quilômetros e atiraram a cerca de 2 metros de distância.

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