Nossa sociedade tem caminhado por uma perigosa estrada de extremismos

Manifestações de intolerância crescem no mundo, e aqui não é diferente

A difícil tarefa de escrever. É de fato um desafio trazer algo que possamos dividir com o outro e que faça alguma diferença na sua forma de ver o mundo, ou um determinado tema.

Por Mônica Francisco Do Jornal do Brasil

O desejo de não se tornar repetitiva, monotemática é enorme. Mas diante de situações como os frequentes linchamentos, espancamentos e outras atrocidades cometidas por “pessoas de bem”…

Nossa sociedade tem caminhado por uma perigosa estrada de extremismos. Há um discurso muito duro de que, se não resolvem eles (autoridades), resolvemos nós.

Não podemos nos deixar levar por desacerto que podem culminar com tragédias maiores futuramente. Se hoje temos casos “isolados”, amanhã, nós, as pessoas ditas de bem, poderemos promover ações das quais nos arrependeremos todos.

Há que se tomar cuidado, todos nós, pessoas físicas e jurídicas, temos essa responsabilidade e incumbência. Precisamos voltar a uma casa, como em um jogo de tabuleiro, e rever nossas estratégias.

Alguém me disse hoje, ao tomar conhecimento do espancamento de um rapaz em uma van, “Somos tão violentos”. Ou nos revisamos, ou voltaremos todos ao “estado de natureza”, como afirmou o filósofo e teórico inglês, em seu livro Leviatã, Thomas Hobbes. Ou seja, mais ou menos um estado de “todos contra todos”

“A nossa luta é todo dia. Favela é cidade. Não aos Autos de Resistência, à GENTRIFICAÇÃO, à REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL , ao RACISMO, ao RACISMO INSTITUCIONAL, ao VOTO OBRIGATÓRIO, ao MACHISMO, À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER e à REMOÇÃO!”

*Membro da Rede de Instituições do Borel, Coordenadora do Grupo Arteiras e Consultora na ONG ASPLANDE.(Twitter/@ MncaSFrancisco)

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