Nota Pública | Ação violenta e desproporcional

Carro fuzilado pelo Exército em Guadalupe, Rio — Foto: Fábio Teixeira/AP

Conectas cobra investigação em ação do Exército que matou músico e feriu outros dois, no Rio de Janeiro

Do Conectas 

Carro fuzilado pelo Exército em Guadalupe, Rio — Foto: Fábio Teixeira/AP

A Conectas Direitos Humanos lamenta profundamente a morte do músico Evaldo dos Santos Rosa, ocorrida na tarde do último domingo (7), em Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro. O carro em que Evaldo e sua família estavam foi alvejado por mais de 80 tiros disparados durante uma ação do Exército.

De acordo com o CML (Comando Militar do Leste), os militares envolvidos estariam reagindo à atuação de assaltantes, o que posteriormente se provou incorreto. “A atuação das forças de segurança não pode se pautar em achismos ou presunções, nem naturalizar a letalidade policial. As declarações das autoridades envolvidas na apuração legitimam a violência de Estado e a atuação imprudente, senão negligente, das forças de segurança, como se houvesse uma licença para matar no país”, explica Marcos Fuchs, diretor jurídico da Conectas.

Essas e tantas outras mortes recaem desproporcionalmente sobre os corpos negros e periféricos, como a do jovem Christian Felipe Santana, ocorrida no último dia 06 durante uma blitz do Exército, e acontecem em meio a declarações de incentivo ao uso indiscriminado de força letal e de natureza militarizada, defendidas por governantes. Tais propostas não solucionam os problemas de segurança pública e ainda perpetuam as falhas causadas pela ausência de mecanismos efetivos de controle das atividades de polícia no país.

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