Quando Daniele de Araújo descobriu, há seis anos, que estava grávida, saiu decidida de sua pequena casa, numa rua de terra batida na Baixada Fluminense, morro acima. A trilha íngreme e verdejante que começa perto de onde ela mora não é longa, mas a área é controlada por traficantes de drogas, e, por isso, Daniele estava ansiosa enquanto caminhava. Mas Daniele precisava pedir algo muito importante a Deus, e ela queria estar num lugar que sentisse ser apropriado para a magnitude de seu pedido.
por Publicado no The Globeand Mail. por Stephanie Nolen
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Ela disse a Deus que queria uma menina, e que ela fosse saudável, mas ainda havia o pedido mais importante de todos: “O bebê tem que ser branco.”
Daniele conhece os efeitos quixotescos da genética: ela tem uma mãe branca e um pai negro, irmãs que passam por brancas, e um irmão de pele quase tão escura quanto a dela – “Eu sou muito preta”, diz ela. Seu marido, Jonatas dos Praseres, também tem um pai negro e uma mãe branca, mas sua pele é clara – quando ele passou pelo serviço militar obrigatório, um oficial escreveu “branco” nos documentos oficiais.
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