O curto mandato e a abrupta demissão do único presidente negro de banco

FONTEPor Kate Kelly, da THE NEW YORK TIMES, na Folha de S.Paulo
Tidjane Thiam, ex-presidente do Credit Suisse durante conferência em Zurique, Suíça - Moritz Hager - 14.fev.2018/Reuters

Tidjane Thiam tornou o Credit Suisse novamente lucrativo. Mas os suíços o rejeitaram como um estranho, e um escândalo repentino o derrubou.

Em novembro passado, Urs Rohner, presidente do conselho do Credit Suisse, deu uma festa em um restaurante de Zurique para comemorar seu 60º aniversário. Entre o grande número de amigos, familiares e colegas de trabalho reunidos, dizem os participantes, havia um único convidado negro: Tidjane Thiam, o presidente do banco.

As festividades tiveram como tema o Studio 54, com fantasias dos anos 1970 e animadores contratados. Thiam observou quando um artista negro subiu ao palco vestido como zelador e começou a dançar ao som da música enquanto varria o chão. Thiam pediu licença e saiu da sala. Sua companheira e outro casal em sua mesa, incluindo o executivo-chefe da empresa farmacêutica britânica GSK, o seguiram.

Mais tarde eles voltaram à festa, apenas para serem novamente surpreendidos. Um grupo de amigos de Rohner subiu ao palco para apresentar um número musical, todos usando perucas afro. (Rohner não quis comentar os fatos, que foram descritos por três convidados.)

Para Thiam, hoje com 58 anos, a festa foi apenas um de uma série de incidentes dolorosos que marcaram seus cinco anos à frente do Credit Suisse, quando ele era o único presidente negro no alto escalão dos bancos. Alguns momentos foram chocantes, outros perturbadores; a maioria tinha a ver com as tensões relacionadas a ser negro em uma indústria predominantemente branca, numa cidade de maioria branca avassaladora.

Um poliglota alto e reservado, de óculos, Thiam fez o trabalho para o qual foi contratado: tornou o Credit Suisse lucrativo novamente após um longo declínio. Mas ele nunca teve que parar de lutar por aceitação e respeito, tanto dentro do banco quanto na Suíça em geral.

Hoje, o número de chefes-executivos negros no topo do setor bancário voltou a zero. Em fevereiro, o conselho do Credit Suisse forçou a renúncia de Thiam depois que um escândalo de vigilância profundamente embaraçoso estourou sob sua chefia. Quando o número 2 de Thiam admitiu ter ordenado que investigadores espionassem os funcionários, o presidente se viu com poucos aliados e nenhuma força extra para sobreviver.

Sua demissão atraiu notavelmente pouca atenção fora de Zurique, ocorrendo meses antes de um ajuste de contas global com viés sistêmico e a 6.000 quilômetros de Wall Street. Mas entrevistas com 11 pessoas que trabalharam em estreita colaboração com Thiam no Credit Suisse e cinco outros contatos próximos —incluindo clientes, amigos, familiares e investidores— sugerem que a cor da pele foi um fator sempre presente durante sua gestão e que ajudou a criar as condições para sua partida surpreendentemente rápida.

Quer seja rotulado de racismo, xenofobia ou alguma outra forma de intolerância, o que está claro é que Thiam nunca deixou de ser visto na Suíça como alguém fora do lugar.

O Credit Suisse não quis comentar.

Após sua renúncia, Thiam deu uma entrevista coletiva na sede do banco. “A cada segundo, fiz o melhor que pude”, disse. “Eu sou quem eu sou. Não posso mudar quem sou.” Ele acrescentou: “É a essência da injustiça usar contra alguém o que ele é”.

“O MAIS IMPORTANTE NA VIDA É NÃO MORRER”
Tidjane Thiam nasceu na Costa do Marfim em uma família de elite ativa na política. Um parente liderou o bem-sucedido movimento de independência do país da França em 1960 e foi seu primeiro presidente. Outro tornou-se primeiro-ministro do Senegal.

O último de sete filhos, Thiam foi criado como muçulmano. Sua mãe, Marietou, não sabia escrever, mas tinha padrões de criação perfeccionistas. “Seja galante, respeite os funcionários que trabalham para nós —nisso ela era implacável—, não minta, seja pontual, não diga palavrões, mostre solidariedade”, disse em entrevista Yamousso Thiam, irmã mais nova de Tidjane.

O pai, Amadou, jornalista, foi ministro do Gabinete e embaixador no Marrocos. Quando Thiam era criança, Amadou passou três anos preso sob a acusação de conspirar contra o governo da Costa do Marfim. As alegações foram posteriormente invalidadas, e os filhos de Thiam por muito tempo se lembrariam da injustiça —assim como da lição que seu pai aprendeu ao sobreviver por pouco a uma tentativa de golpe em 1971, com um tiro na mão. “O mais importante na vida é não morrer”, brincava Amadou.

Quando Thiam tinha 6 anos e estava visivelmente desinteressado pela escola, um de seus irmãos pediu ao presidente da Costa do Marfim que interviesse. Ele convocou Thiam e seus pais e os resgatou. “Lembro-me como se fosse ontem”, lembrou Thiam em entrevista em 2015. “Houve uma espécie de tribunal de família, onde se fez uma acusação: ‘Ele tem que ir para a escola. A era dos príncipes africanos analfabetos e dos reis preguiçosos acabou’.”

Thiam se destacou rapidamente e, em 1984, tornou-se o primeiro marfinense a se formar na prestigiosa École Polytechnique de Paris. Depois de se formar em engenharia e fazer mestrado em administração de empresas, Thiam trabalhou no Banco Mundial e, em seguida, no escritório da McKinsey em Paris.

Em 1994, Thiam voltou para a Costa do Marfim para trabalhar no serviço público. Alguns anos depois, foi promovido a ministro do Planejamento e Desenvolvimento —mas quando um golpe militar depôs o presidente ele recusou um cargo no novo governo e, temendo por sua vida, voltou para a Europa e para o setor privado.

Thiam dirigiu as operações europeias da seguradora britânica Aviva, e em 2009 foi nomeado chefe-executivo da empresa britânica de serviços financeiros Prudential —a primeira pessoa negra a dirigir uma das cem maiores empresas da Bolsa de Valores de Londres. Durante sua gestão, os lucros da Prudential dobraram e o preço das ações triplicou, e um apresentador da BBC descreveu Thiam como tendo “subido em instituições de primeira linha com um coquetel inebriante de inteligência cristalina, ambição efervescente e uma saudável pitada de charme”.

Rohner, o presidente do Credit Suisse, abordou Thiam sobre a possibilidade de administrar o banco em 2014. Thiam ficou em dúvida, segundo disse mais tarde à revista Euromoney: era uma função assustadora, e ele não tinha certeza se o banco falava sério sobre contratá-lo.

“O presidente me disse que tivemos 19 reuniões”, disse Thiam na entrevista à Euromoney, acrescentando: “Na verdade, eu recusei duas vezes”.

“MERGULHO NO TERCEIRO MUNDO”
Na época, o Credit Suisse estava profundamente abalado. Anos depois da crise financeira, ainda dependia fortemente de caras estratégias de negociação, e sua unidade de gestão patrimonial ficou atrás do UBS, rival do banco em Zurique. Os investidores estavam impacientes com o declínio do preço das ações.

No dia em que a contratação de Thiam foi anunciada, em março de 2015, as ações do Credit Suisse subiram 7%.

Para apoiar o negócio de gestão de fortunas privadas do Credit Suisse, ele contratou Iqbal Khan, 39, que nasceu no Paquistão, mas se mudou para a Suíça ainda criança. Certo dia, no final de 2015, os dois estavam discutindo estratégia, de acordo com pessoas a par do incidente, quando Khan anunciou que tinha comprado a casa vizinha à de Thiam em Herrliberg, subúrbio com preços elevados e vista para o lago Zurique. Thiam perguntou a Khan se ele estava falando sério. Khan disse que sim.

Mais tarde, Thiam disse a amigos e colegas que a notícia o perturbou. Extremamente privado, ele estava se divorciando e não gostaria que um subordinado tivesse uma visão de sua propriedade, uma casa térrea. Como presidente, ele não gostava da ideia de ser literalmente olhado de cima para baixo.

Thiam se esforçou para abraçar a sociedade de Zurique. Ele visitou líderes empresariais suíços, falou em debates convocados pela mídia suíça e participou de um festival anual de primavera em trajes suíços tradicionais: chapéu estilo Napoleão e uma capa azul-marinho combinando. Mas em pouco tempo aspectos de seu estilo de vida começaram a irritar os habitantes locais. Com o Credit Suisse fazendo uma exibição de cortes de custos, a imprensa suíça começou a catalogar as viagens aéreas de primeira classe de Thiam e estadias em suítes presidenciais. Uma coluna o acusou de levar helicópteros para eventos e viajar com uma comitiva que o chamava de “Rei Thiam”.

Em um país quase sinônimo de riqueza —o lar da conta bancária suíça e dos relógios de pulso de seis dígitos—, esse antielitismo é um pouco difícil de analisar. Estrangeiros que trabalham há muito tempo na Suíça dizem que os suíços têm aversão a demonstrações públicas de riqueza e consideram estranhos os que a ostentam. Um bilionário estrangeiro no país, que não quis ser identificado ao falar sobre o assunto, disse que proibiu os carros de luxo na garagem de sua empresa.

Outros foram mais diretos sobre rotular Thiam como um estranho. Na reunião anual de investidores do Credit Suisse em 2016, uma acionista chamada Ingeborg Ginsberg, de 94 anos e sobrevivente do Holocausto, questionou os antecedentes de Thiam.

“O banco se chama Suisse —Credit Suisse”, disse Ginsberg em alemão. Referindo-se a Brady Dougan, antecessor americano de Thiam, ela acrescentou: “Eu perguntei a ele no ano passado se não tinha um conflito de interesses. Eu faço a mesma pergunta a Thiam, se ele pode me entender: ele não tem um conflito de interesses? Eu o ouvi mencionar o Terceiro Mundo —é realmente isso o que queremos? Que um bom e sólido banco suíço afunde ao nível do Terceiro Mundo?”

No estrado, onde Thiam estava sentado ao lado de Rohner, o choque foi evidente.

Rohner interrompeu: “Não devem fazer tais acusações, sem declaração, dentro da sala”. E acrescentou: “Nem sempre aceitamos estrangeiros, escolhemos sempre o melhor homem para o trabalho, e encontramos esse homem”.

Urs Rohner em Zurique, Suíça – Arnd Wiegmann – 27.abr.2018/Reuters

“VOCÊ LIMPOU A BAGUNÇA; AGORA SAIA”
Em 2018, os negócios do Credit Suisse melhoraram substancialmente. O banco voltou a ter lucros sólidos e a divisão de fortunas ultrapassou o UBS em algumas áreas. Thiam havia resolvido questões legais que antecederam sua gestão, solucionando um importante caso nos Estados Unidos por um valor inferior ao que o Credit Suisse esperava. A Euromoney o nomeou banqueiro do ano.

Em Zurique, cidade predominantemente branca, de apenas 400 mil habitantes, seu papel poderoso e a cor de sua pele o destacavam. Thiam parou de dirigir seu Porsche Cayenne para o trabalho, temendo que qualquer conflito com outro motorista, mesmo por causa de uma vaga no estacionamento, se transformasse em um incidente na mídia.

No bonde, seus filhos adultos costumavam ser os únicos passageiros negros —e os primeiros a ser solicitados a pagar a passagem. Meramente por aparecer em uma boate local, eles podiam provocar fofocas. Thiam sentiu que estava sob um microscópio; quando sua irmã planejou uma visita de surpresa, um funcionário do hotel em Zurique, ansioso para agradar, notou sua reserva e compartilhou os detalhes com o escritório de Thiam, estragando a ocasião.

Em outro momento, durante uma viagem de negócios de Zurique a Genebra, ele foi parado por um funcionário da alfândega que exigiu seu passaporte, mesmo após Thiam protestar que estava viajando dentro da Suíça. Ele apresentou o documento e foi autorizado a deixar o aeroporto, mas instruiu um funcionário a apresentar uma reclamação formal sobre a experiência. (Cada um desses incidentes foi descrito por várias pessoas.)

As coisas também estavam começando a azedar dentro do Credit Suisse. Apesar de um balanço patrimonial melhor, as ações do Credit Suisse caíram, prejudicadas pelas ofertas de ações que Thiam considerou necessárias para fortalecer as reservas de capital. Ele disse a amigos que se sentia subestimado pelos membros do conselho, alguns dos quais o culpavam pela falta de crescimento do Credit Suisse na China.

Em agosto de 2018, um jornal local escreveu que Thiam era “festejado no exterior, não amado na Suíça”, acrescentando: “propenso a comportamento arrogante e refratário a críticas, Thiam perdeu a noção do senso suíço de proporcionalidade”. Reportagens na mídia frequentemente geravam comentários depreciativos. Um leitor de um blog especialmente crítico de Zurique o chamou de “vendedor de frutas” e acrescentou: “Vá para casa, idiota!” Outro escreveu: “Espero que ele mande seu dinheiro para casa. Então, poderemos classificá-lo como ajuda ao desenvolvimento”.

Thiam costumava dizer que, devido às dificuldades de sua família com as insurreições militares, ele não se incomodava com as notícias negativas e o drama corporativo. Mas, com o passar do ano, Thiam confidenciou a amigos seu medo de que o conselho quisesse tirá-lo. A mensagem tácita deles, disse Thiam, foi: Você limpou a bagunça. Agora saia. É um padrão conhecido como “penhasco de vidro” —a tendência das instituições a colocar mulheres e minorias como líderes apenas quando há grandes problemas e, em seguida, colocá-las de lado.

Thiam estava mais perto do precipício do que ele imaginava. No início de 2019, ele deu uma festa de Natal em sua casa. Khan já havia se mudado para a casa ao lado, e Thiam plantou árvores para obstruir a vista.

Na festa, Khan começou uma discussão acalorada com a mulher de Thiam sobre o paisagismo, deixando-a chateada, e os dois homens desceram para uma conversa particular. Khan saiu rapidamente de cena.

Nenhum dos executivos vai dizer exatamente o que aconteceu. Mais tarde naquele ano, porém, Khan chocou Zurique ao passar para o UBS. A gestão de fortunas foi o aspecto mais bem-sucedido na gestão de Thiam, e agora seu executivo estrela trabalharia para o maior concorrente do banco.

JOGOS DE ESPIONAGEM
Em setembro daquele ano, Khan e sua mulher estavam no carro, indo almoçar em um restaurante em Zurique, quando perceberam que estavam sendo seguidos. Khan estacionou e confrontou o homem, que revelou ser um detetive de uma empresa londrina chamada Investigo. Seguiu-se uma discussão, durante a qual cada parte acusou a outra de se tornar fisicamente agressiva. Khan fez um boletim de ocorrência e tanto o Credit Suisse quanto a prefeitura abriram investigações.

O “Spygate”, como a mídia suíça o chamou, causou sensação. No Credit Suisse, o diretor de operações, Pierre-Olivier Bouée, admitiu ter ordenado a vigilância, dizendo que suspeitava que Khan estivesse tentando roubar funcionários. Ele se demitiu. Thiam, que negou qualquer conhecimento dos jogos de espionagem, foi inocentado. Mas Bouée não era apenas o seu número 2; ele havia seguido Thiam da Prudential para o banco, e o nome do executivo-chefe estava profundamente manchado por associação.

O incidente foi um desastre para todo o Credit Suisse, instituição que era fonte de orgulho nacional. Um funcionário que esteve envolvido na contratação da Investigo se suicidou. Rohner sentiu-se obrigado a pedir desculpas publicamente aos Khan e à população suíça.

Logo surgiram mais acusações, incluindo que o chefe de RH do Credit Suisse também havia sido vigiado. No final de dezembro, a Autoridade Suíça de Supervisão do Mercado Financeiro (Finma) iniciou uma investigação sobre o uso de detetives pelo Credit Suisse para monitorar funcionários.

As repercussões do escândalo progrediram com notável rapidez. Em 31 de janeiro de 2020, a agência Bloomberg informou que Rohner estava procurando um novo chefe-executivo.

Três grandes acionistas —dois americanos, um britânico— saíram a público em defesa de Thiam. David Herro, alto executivo da Harris Associates, um fundo de Chicago, sugeriu que a oposição a Thiam tinha motivação racial. Aparecendo na Bloomberg Television, Herro atribuiu o conflito à “inveja dos concorrentes —ou talvez a outra coisa, visto que Thiam parece um pouco diferente do típico banqueiro suíço. Para mim, qualquer uma dessas duas razões por trás desses ataques a ele é extremamente desagradável”.

Mas Thiam tinha muito pouco apoio em seu canto. Em 7 de fevereiro, ele renunciou. Um membro suíço de sua equipe executiva foi nomeado seu sucessor.

Como presidente, Thiam era responsável por tudo no Credit Suisse, e a atividade de vigilância era amplamente vista como desprezível. Mas é uma questão em aberto se um presidente com formação diferente teria sobrevivido. Outros líderes de bancos se esquivaram de escândalos muito maiores.

“Antes de deixar o Credit Suisse, Thiam teve a chance de apresentar à imprensa seu relatório final de resultados de ganhos. Perto do final da sessão de perguntas e respostas, um repórter local falou.

“A estratégia foi boa”, disse o repórter, mas o estilo “não falava com a mentalidade suíça. Esta é a minha pergunta: seria diferente na Inglaterra ou em outro…”

“Eu sou quem eu sou”, interrompeu Thiam. “Da mesma forma que nasci com a mão direita, não posso deixar de ser destro.” Ele acrescentou: “Se as pessoas não gostam de destros, estou encrencado. Isso é tudo o que posso dizer, porque não posso me tornar canhoto”.

Colegas sentados perto dele juraram que viram os olhos de Thiam brilhando.

A INVESTIGAÇÃO CONTINUA
Thiam permaneceu em Zurique, aguardando uma entrevista formal com a Finma. Foi um momento de angústia, dizem amigos próximos, porque ele queria visitar com urgência seu filho, Bilal, que sofria de câncer em um hospital de Los Angeles. No final de abril, ele voou até a cabeceira de Bilal, que morreu no início de maio, aos 24 anos.

Desde então, Thiam tem prestado consultoria sobre os esforços contra o vírus na África, onde atua como enviado especial da União Africana sobre a Covid-19. Ele também voltou a se envolver com a política na Costa do Marfim. Em agosto, Thiam alimentou rumores de que estava considerando uma candidatura presidencial com uma mensagem em vídeo comemorando o 60º ano de independência do país, na qual ele exorta os marfinenses a adotarem um espírito “reconciliador e fraterno”.

Em 2 de setembro, tendo descoberto prováveis violações da “lei de supervisão” nas atividades de vigilância do Credit Suisse, a Finma anunciou que seu inquérito tinha escalado de uma investigação para um assunto policial. Um porta-voz da agência disse que o foco estava no próprio banco, não nos indivíduos.

Para sua irmã Yamousso, uma pergunta sobre os suíços ainda persiste. “Tenho curiosidade por saber”, disse ela, “se hoje eles finalmente teriam a honestidade de reconhecer que era insuportável ver um homem negro no topo de uma de suas empresas mais prestigiosas.”

 

Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Fonte: Por Kate Kelly, da THE NEW YORK TIMES, na Folha de S.Paulo

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