Obama ataca ‘minoria’ no Senado após derrota na reforma de armas

KEVIN DIETSCH/EFE

 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou nesta quarta-feira a “minoria” do Senado por bloquear a reforma no controle de armas, em pronunciamento à Nação, após a rejeição à medida sobre a verificação de antecedentes na compra de armas de fogo.
Em uma linguagem direta fora de seu padrão habitual, Obama também atacou o lobby das armas, que “mentiu deliberadamente” para o fracasso do projeto de lei. O texto obteve 54 votos contra 46 no Senado, mas o mínimo necessário era de 60 votos.

A rejeição do projeto marca uma derrota política para o presidente, que prometeu continuar a luta. “Vejo isso apenas como o primeiro round”, frisou.

A proposta “representava moderação e bom senso”, disse aos jornalistas um Obama visivelmente irritado, ao lado de vítimas da violência do uso de armas de fogo, como a ex-congressista Gabrielle Giffords e familiares das crianças assassinadas no massacre da escola em Newtown.

“Este foi um dia vergonhoso para Washington”.

“Famílias que conhecem uma dor indescritível invocaram a coragem para pedir a seus líderes eleitos não apenas que honrassem a memória de seus filhos, mas que protegessem a vida de todas as nossas crianças”, afirmou Obama.

“Alguns minutos atrás, uma minoria no Senado dos Estados Unidos decidiu que isso não valia a pena”, declarou o presidente, no pronunciamento no White House Rose Garden.

“Em vez de apoiar esse consenso, o lobby das armas e seus aliados mentiram deliberadamente sobre o projeto”, denunciou o presidente.
Em um comentário mordaz, Obama disse que os republicanos e alguns democratas caíram nas mãos da política e tiveram medo que o rico lobby das armas venha cobrar a conta nas próximas eleições.

“Eles cederam à pressão. E começaram a procurar por uma desculpa, qualquer desculpa para votar não”.

Os democratas que votaram contra, nesta quarta, representam estados rurais, como Arkansas e Dakota do Norte, ou nos quais várias famílias são associadas à NRA e possuem armas para autodefesa, caça, tiro esportivo, ou simplesmente como peça de coleção.

“Estou assumindo nossas expressões de dor, e nosso compromisso para fazer algo diferente para prevenir que essas coisas aconteçam não são palavras vazias”, garantiu.

“Acredito que seremos capazes de fazer isso. Cedo ou tarde, vamos conseguir a coisa certa. A memória dessas crianças exige isso”, completou.

 

 

Fonte: EM 

 

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