Oito livros para conhecer e se aprofundar no feminismo decolonial

FONTERevista Cult
A historiadora, professora, poeta e ativista Beatriz Nascimento (Foto: Arquivo Nacional)

Um feminismo decolonial
Françoise Vergès
Organização e tradução Jamille Pinheiro Dias e Raquel Camargo
Ubu, 142 páginas

A autora, historiadora e cientista política francesa critica o que chama de “feminismo civilizatório” – aquele representado por mulheres brancas, burguesas europeias que desde os anos 1960 reivindicam direitos iguais aos homens de sua classe. Para a autora, o feminismo deve ser necessariamente multidimensional e incluir em suas pautas e reflexões as dimensões de classe, raça e sexualidade.


Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento
Patricia Hill Collins
Tradução Jamille Pinheiro Dias
Boitempo Editorial, 480 páginas

Livro fundamental para o feminismo das mulheres não brancas e antirracistas. Nele a socióloga Patricia Hill Collins desenvolve conceitos importantíssimos, como “imagem de controle”, “estrangeiro dentro” (outsider within) e resistências, que são fundamentais para a construção de teorias e políticas de resistência à colonização do saber e do ser.


Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento
Alex Ratts
Instituto Kuanza/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 130 páginas

Coletânea dos principais textos da historiadora Beatriz Nascimento. Fundamental para compreender a luta e a resistência à colonialidade no Brasil.


Pensamento feminista: conceitos fundamentais
Organização: Heloisa Buarque de Hollanda
Bazar do Tempo, 440 páginas

A obra reúne textos de algumas autoras centrais para o feminismo das mulheres não brancas, inspiradoras do feminismo decolonial, como Audre Lorde, Patricia Hill Collins e Gloria Anzaldúa, entre outras.


Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais
Organização: Heloisa Buarque de Hollanda
Bazar do Tempo, 456 páginas

Livro com os principais textos sobre feminismo decolonial latino-americano e caribenho. Com contribuições de María Lugones, Yuderkys Espinosa, Ochy Curiel, Lélia Gonzalez, Julieta Paredes, Angela Figueiredo, Suely Messeder, entre outras.


Por um feminismo afro-latino-americano
Lélia Gonzalez
Zahar, 344 páginas

Coletânea de textos da grande socióloga brasileira, precursora do pensamento decolonial no país. Com organização de Flavia Rios e Marcia Lima, o volume reúne textos produzidos entre 1979 e 1994, ano da morte de Lélia Gonzalez.


Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano
Grada Kilomba
Cobogó, 248 páginas
Tradução Jess Oliveira 

Neste livro a artista interdisciplinar, escritora e teórica portuguesa Grada Kilomba utiliza-se da psicologia do filósofo e psiquiatra antilhano Frantz Fanon para estimular a fala da subalterna, sua narrativa de si.


Irmã outsider: ensaios e conferências
Audre Lorde
Autêntica Editora, 240 páginas
Tradução Stephanie Borges

Coletânea de ensaios de Audre Lorde, poeta e ativista do feminismo negro e lésbico estadunidense. Seu pensamento sobre a diferença influenciou bastante a teoria da resistência e o pensamento da liminaridade de María Lugones

 

-+=
Sair da versão mobile