Olhares e Vozes Afro Femininas no Cineclube Afro Sembene de outubro

Dia 17 de outubro, em novo horário, às 17 horas, o Cineclube Afro Sembene presta homenagem aos países africanos que se tornaram independentes no mês de outubro: Nigéria, Guiné, Guiné-Equatorial, e também ao Dia Mundial da Criança, com sessão dose dupla, seguida de comentários e roda de conversa com a pedagoga Marineusa Medeiros, Gestora do CEU Caminho do Mar e Secretária de Educação da UNEGRO.

A atividade mensal, que acontece sempre no terceiro sábado, será realizada na PUC Consolação, Rua Marquês de Paranaguá 111, sala 20. Serão exibidos “Na Cidade Vazia”, filme angolano de Maria João Ganga e “A representação do negro na televisão brasileira”, depoimento da jornalista e apresentadora Luciana Barreto, ao programa Ver TV.

A sessão dose dupla do Cineclube Afro Sembene visa dar espaço para produções africanas e nacionais, afins de expor diferenças e semelhanças desde o processo de produção a difusão dos filmes, bem como promover diálogos, intercâmbios e referencias entre as filmografias de África, Brasil e afrodiásporas.

Entrada franca. Pede-se a colaboração voluntária de 1 quilo de alimento não perecível. Ou roupas, calçados, cadernos, livros, jornais, revistas, material de higiene e limpeza. Serão doados ao Arsenal Esperança/Missão Paz, que atende imigrantes e refugiados estrangeiros, inclusive africanos. Coordenação: Saddo Ag Almoloud, Vanderli Salatiel e Oubí Inaê Kibuko.

Filme 1: Na Cidade Vazia (2004)
País de origem: Angola
Direção de: Maria João Ganga
Sinopse: Um grupo de crianças refugiadas de guerra, acompanhadas por uma freira, segue num vôo rumo a Luanda, capital de Angola. Ao chegarem ao aeroporto, N’dala, um menino de 12 anos, consegue fugir do grupo e parte para descobrir a cidade. Enquanto a freira empreende uma investigação na tentativa de encontrá-lo, acompanhamos N’dala em sua jornada pelas ruas movimentadas da capital. É lá que ele conhece o velho pescador Antonio, que o ajuda e com quem faz amizade. Também cruza com pessoas mal-intencionadas que tentam prejudicá-lo. O grande sonho do menino é voltar para a aldeia de onde teve de fugir e na qual seus pais foram mortos. O enredo proporciona um mergulho na conturbada situação política de Angola e nos efeitos da guerra para seus habitantes.
Duração: 88 minutos

Filme 2: A representação do negro na televisão brasileira.
Sinopse: Em novembro de 2014 o programa Ver TV entrevistou a apresentadora do Repórter Brasil, a jornalista Luciana Barreto. Ela conversou sobre a representação do negro na televisão brasileira, seus estereótipos, a imagem passada para as crianças e importância da TV na construção de uma identidade positiva do negro. A jornalista fala da sua própria vivência como jornalista e revela que a falta de referências de profissionais negras ocupando cargos importantes na televisão fez ela acreditar que a carreira de apresentadora era inadequada para ela. “A gente está ferindo especialmente a identidade da mulher negra que não consegue se ver representada em nenhum cargo que exija um nível de escolaridade alta”, explica. A jornalista considera que a aceitação da cultura negra e da diversidade como um pilar essencial na identidade do país é uma peça chave para o crescimento do Brasil como um todo.
Duração: 16:00

Comentários e roda de conversa após a exibição com a pedagoga Marineusa Medeiros, Gestora do CEU Caminho do Mar e Secretária de Educação da UNEGRO, seguido de um chá de confraternização.

Curiosidades

Na Cidade Vazia, de Maria João Ganga, é o primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher e diretora angolana. O filme é um dos primeiros a ser produzido em Angola desde o fim da guerra civil. A filmagem foi realizada em Luanda. O elenco é composto na sua generalidade por atores e atrizes amadores, tendo efetuado um grande êxito internacional graças à presença em vários festivais de cinema. A peça teatral representada no filme foi extraída de “As Aventuras de Ngunga”, novela, de Pepetela.

Luciana Barreto conta que não tinha dinheiro nem para comer no início de sua vida acadêmica. Desde criança eu sonhava em ser jornalista, mas eu venho de uma família muito pobre da Baixada Fluminense. Nunca ninguém tinha entrado na universidade na minha família. Meu pai era motorista de ônibus, minha mãe trabalhava com movimento social, enfim, eu não tinha condição nenhuma de fazer jornalismo, apesar do meu sonho. O que aconteceu foi que a PUC -Rio fez esse convênio, que se os alunos do projeto passassem (no vestibular), eles iriam isentar os primeiros meses até sair a proposta de bolsa. E foi o que aconteceu. Eu fui a primeira aluna do projeto a entrar em jornalismo, em 1997. (Depois de passar no vestibular) eu achava que era o fim do meu drama, mas era só o começo. Porque eu já estava desempregada, e o valor da passagem da minha casa para a universidade ficava um terço do salário do meu pai.

Serviço
Quando: dia 17/outubro/2015 – sábado.
Horário: 17 horas às 20 horas.
O que: Cineclube Afro Sembene convida. Sessão Especial Dia Mundial da Criança e homenagem aos países africanos que se tornaram independentes (Nigéria, Guiné, Guiné-Equatorial) em outubro.
NA CIDADE VAZIA, ficção, Angola, Maria João Ganga. A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO NA TELEVISÃO BRASILEIRA, depoimento de Luciana Barreto.
Comentários e roda de conversa com a pedagoga Marineusa Medeiros, Gestora do CEU Caminho do Mar e Secretária de Educação da UNEGRO.

Onde: PUC CAMPUS CONSOLAÇÃO
Rua Marquês de Paranaguá nº 111 – sala 20 – SP
Travessa Rua da Consolação – próximo ao Mackenzie, entre o metrô Paulista e República.

Ingresso: Entrada franca. Pede-se a colaboração voluntária de 1 quilo de alimento não perecível. Ou roupas, calçados, cadernos, livros, jornais, revistas, material de higiene e limpeza. Serão doados ao Arsenal Esperança/Missão Paz, que atende imigrantes e refugiados estrangeiros, inclusive africanos.
Informações: www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br
www.forumafricabrasil.ning.com
www.tamboresfalantes.blogspot.com.br

Realização: Cineclube Afro Sembene
Apoio: Cabeças Falantes, Agenda Guilherme Botelho Jr e Quilombhoje.
Cineclube Afro Sembene: Nosso encontro mensal com o cinema africano.
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** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE. 

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