OMS decreta emergência sanitária mundial por zika vírus e microcefalia

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, fez o anúncio de emergência de saúde internacional nesta segunda-feira Foto: FABRICE COFFRINI / AFP

Para a Organização Mundial da Saúde, disseminação do vírus e sua provável ligação com a microcefalia justificam o alerta de emergência

Do ZH

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou nesta segunda-feira estado de emergência sanitária mundial por conta da ameaça do zika vírus. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça. A declaração, dada apenas em casos de ameaças globais, representa o maior nível de alerta da OMS.

O alerta surge principalmente em função da provável ligação entre o vírus e a microcefalia, que tem aumentado no Brasil. Há 270 casos confirmados em bebês brasileiros e 3.449 suspeitos desde 2015. O anúncio foi feito ao fim da primeira reunião do Comitê de Emergência sobre zika vírus da OMS.

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— É necessária uma resposta internacional para minimizar essa ameaça nos países infectados e reduzir o risco de disseminação internacional — disse a  diretora-geral da OMS, Margaret Chan, informando que a concentração de quadros de malformação congênita em bebês e síndromes neurológicas em regiões afetadas pelo zika constituem “um evento extraordinário e uma ameaça à saúde pública de outras partes do mundo”.

Chan avaliou ainda que a ausência de uma vacina contra o zika e de testes de diagnóstico confiáveis, somados à falta de imunidade na população dos países afetados pelo vírus, constituem fatores de preocupação para a OMS.

O mais alto nível de alerta só havia sido dado em três outras ocasiões pela OMS: em 2009, com a epidemia da gripe H1N1; em maio de 2014, com o ressurgimento de uma forma de poliomielite na Síria e no Paquistão; e em agosto de 2014, devido ao ebola.

 

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