Paul Auster: “Tudo na história dos Estados Unidos volta sempre ao racismo, é o defeito mortal deste país”

FONTEEl País, por Pablo Guimón
Paul Auster, em 2017.DAVID LEVENSON / GETTY

Quando se abre o site dos Escritores Contra Trump, se vê uma foto em tom sépia de um jovem atirado no chão, como em posição fetal, cercado pelas pernas de vários homens de terno. “Esse jovem sou eu”, revela Paul Auster, baixando suas inconfundíveis sobrancelhas negras, numa expressão entre a graça e o pudor. “Foi em 1968, quando eu tinha 21 anos, e estão me prendendo na universidade de Columbia.” Eram os anos desse movimento pelos direitos civis que se infiltra nas páginas de seu último romance, 4 3 2 1 (Companhia das Letras, 2018), uma de suas obras mais ambiciosas e celebradas. A foto prova, explica o romancista, que ele sempre esteve envolvido com a política. “Mas nunca tão ativamente como agora”, reconhece, “porque sinto que agora o futuro inteiro dos Estados Unidos está em jogo”. O autor da trilogia de Nova York, com legiões de leitores em todo o mundo, passou à ação aos 73 anos, liderando um movimento de escritores contra o presidente republicano que disputa a reeleição na semana que vem, e assiste atônito e preocupado a uma campanha que desafia os limites de sua prodigiosa imaginação.

 

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