Paulo Paim: sim, é possível

Eu sempre penso o Brasil a partir de decisões políticas. Da individual consciência chegamos ao bem viver coletivo. Mesmo que essa forma de agir e compreender o mundo, para uns, seja considerada utópica. São as coisas inalcançáveis que nos fazem seguir em frente.

Por Paulo Paim, do GauchaZH

Foto Jorge William / Agência O Globo

Pior do que falhar é permanecer acomodado, de braços cruzados aprimorando a indiferença, a arrogância, a estupidez e a covardia. Como dizia o velho poeta: “O fácil fizemos ontem, o difícil realizamos hoje, o impossível alcançaremos amanhã”.

Há três importantes leis sociais que nasceram desse contexto. O Estatuto do Idoso compõe-se de 118 artigos que garantem saúde, alimentação, moradia, Previdência Social, salário mínimo, entre outros direitos.

O Estatuto da Igualdade Racial equipara direitos e possibilita superar o racismo. Ele, da mesma forma, abrange diversas áreas. Infelizmente, de geração em geração, a discriminação do homem pelo homem continua.

Já o Estatuto da Pessoa com Deficiência é a emancipação social de 46 milhões de pessoas, segundo números do IBGE. Essa lei, também de nossa autoria, é um instrumento de cidadania para questionar o preconceito e a omissão do Estado e da sociedade.

A política de valorização do salário mínimo, a Lei 12.764/2012, que criou a política de proteção à pessoa autista, e o Estatuto da Juventude são outros exemplos de que tudo passa por decisões políticas.

Temos também, mais recentemente, a CPI da Previdência, que mostrou que o sistema é superavitário, e a instalação da subcomissão do Estatuto do Trabalho que visa a um novo patamar das relações laborais com direitos equilibrados. Ou seja, uma ousada possibilidade de harmonizar os interesses de classe.

O combate à corrupção do Estado e do Mercado é fundamental para a evolução da nossa democracia. Mas de nada adiantará se ele for parcial e selecionar os alvos. A aplicação da lei deve ser implacável e valer para todos. E isso é decisão política.

Não temos mais tempo de esperar o sol nascer… Temos que molhar a terra, mudar o nosso jeito de caminhar, amassar barro com o povo. “A nação quer mudar. A nação deve mudar. A nação vai mudar”.

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