Pelo tombamento do terreiro Ilê Asé Odé Ibualamo

FONTEPor Comissão Arns, no UOL
Terreiro Ilê Asé Odé Ibualamo (Foto: Arquivo Pessoal)

Conforme notícia do portal da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), o terreiro Ilê Asé Odé Ibualamo, local de culto candomblé formado há 30 anos, começou a ser demolido pela prefeitura de Carapicuíba durante obras de canalização do Córrego do Cadaval, iniciadas em 15 de dezembro deste ano. Malgrado a intervenção da Defensoria Pública de São Paulo e os protestos da Ialorixá Mãe Zana, que conduz o terreiro, a prefeitura não buscou nenhum entendimento prévio com as lideranças religiosas. Mais uma vez, direitos invioláveis dos cultos afro-brasileiros são atropelados em flagrante infração ao dispositivo do artigo 5º, § VI da Constituição, que garante a liberdade religiosa e a proteção dos locais de culto e de suas liturgias.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns se manifesta, por meio de uma nota pública, juntando-se à Defensoria Pública e aos núcleos de Defesa da Diversidade e da Igualdade Racial (Nuddir) e de Habitação e Urbanismo (Nhaburb), com o intuito de instar as autoridades competentes a garantir a realocação do lugar de culto e proceder ao tombamento do patrimônio histórico e cultural do terreiro Ilê Asé Odé Ibualamo.

Por Leonardo Sakamoto, Reinaldo Azevedo e Jeferson Tenório.

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