Posicionamento do Projeto SETA sobre o episódio de racismo vivido em sala de aula por professora no Distrito Federal

FONTEProjeto SETA
Imagem de reprodução do vídeo com registro do caso de racismo.

Após tomar ciência de mais um episódio de violência racial, dessa vez vivido por uma professora do Centro de Ensino Médio (CEM) 09, Ceilândia/DF, o Projeto SETA – Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista reforça a urgência do enfrentamento do racismo estrutural através de um ecossistema escolar verdadeiramente antirracista.

O caso em que o aluno, dentro de sala de aula, dá uma palha de aço a professora negra, não é isolado. Violências raciais são persistentes nas escolas, e demonstram que um ambiente escolar que não adota o ensino e práticas antirracistas está suscetível as constantes violências entre alunos, professores e demais integrantes da comunidade educacional.

O projeto SETA se solidariza com a professora agredida em seu ambiente de trabalho, e esperamos que o caso seja conduzido e apurado com a seriedade necessária pelos responsáveis. O fato de ter ocorrido no Dia da Mulher reforça o atravessamento também misógino que precisa ser combatido na mesma proporção.

Por fim, destacamos que no ano em que se celebra os 20 anos da lei 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nos ensinos fundamental e médio, fica claro que muito ainda precisa ser feito para sua efetiva implementação. O SETA acredita que a educação é sobre a formação de indivíduos e também sobre a construção de uma nação.

Sobre o SETA

O Projeto Seta é uma aliança inovadora, com sete organizações das sociedades civil nacional e internacional: ActionAid, Ação Educativa, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ), Geledés – Instituto da Mulher Negra, Makira-E’ta e a Uneafro Brasil. Fundado em 2021, o objetivo central é transformar a rede pública escolar brasileira em um ecossistema de qualidade social antirracista. O projeto foi selecionado pela Fundação W. K. Kellog no Desafio de Equidade Racial 2030, sendo o único brasileiro e latino-americano entre os cinco premiados.

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