Proibição ao suicídio assistido é derrubada no Canadá

Medida entrará em vigor dentro de um ano

Nesta sexta-feira (6), a Suprema Corte do Canadá derrubou a proibição ao suicídio assistido por médicos. A medida reverte uma decisão feita em 1993, e permite a prática consencual a adultos que sofram doenças consideradas incuráveis, porém a doença não precisa ser terminal. A decisão deve entrar em vigor no prazo de um ano.

“Não concordamos que a formulação existencial do direito à vida exija uma proibição absoluta à assistência à morte, ou que indivíduos não possam renunciar ao seu direito à vida”, diz a decisão, que foi tomada após a análise do caso de duas mulheres com doenças degenerativas que morreram.

A ativista Gloria Taylos, sofria de esclerose lateral amiotrófica, e entrou na Justiça para pedir o direito ao suicídio assistido em 2011, e morreu devido à complicações da doença um ano depois. A família de uma segunda mulher, chamada Kay Carter, também entrou com o pedido. Carter chegou a viajar para a Suíça para poder por fim ao seu sofrimento. No país europeu a prática é considerada legal, como em alguns outros países europeus e alguns estados americanos.

A última vez que o suicídio assistido foi liberado no Canadá foi no ano de 1993, com o caso de Sue Rodriguez, que sofria de esclerose lateral amiotrófica. A decisão ainda pode ser revertida pelo parlamento canadense.

 

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