Apresentamos a exposição itinerante de Cooperação Internacional “As Aguas da Memória”, a Rota do Ex-cravo,parceiro do programa a Rota do Escravo – Unesco, no âmbito da década dos afro-descedentes (2015-2025) decretada pela ONU.
Por: Inêz OLudé via Guest Post para o Portal Geledés
O Museu-Valise da História da Escravidão, inspirado do museu –valise de Duchamps, é um projeto de resgate histórico, social e cultural da escravidão no Brasil e no mundo, através de atividades artísticas com foco na cultura dos povos de ascendência africana. Constituído de uma exposição de obras de arte e por meio de um projeto de arte educação multidisciplinar. O ensino das artes como parte do processo de educação, integrando os saberes ancestrais.
A proposta além de resgatar e difundir a história e a cultura africana do Brasil, permite de ter uma visão global da história da escravidão no mundo,com efeito, pensamos assim contribuir para a preservação e o fortalecimento da nossa brasilidade plural e diversificada.
Permitir o direito à memória, sair da ocultação e da negação, refletir sobre a banalização do racismo, compreender as justificações, analisar e desconstruir a imagem do negro inventada pela colonização. E um projeto itinerante e o diferencial é exatamente a possibilidade de estar em múltiplos lugares e poder integrar eventos e espaços de qualquer natureza.
1. O projeto Museu-Valise da história da escravidão desenvolve ações como exposições e atividades culturais na Europa ,Africa e Américas, no âmbito da década Afro-descendente (2015-2025). Norteado pela Lei 10.639.03 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura da Africa e afro-brasileira nas escolas.
2. Disponibilzação para consulta , organização e coleta do acervo (livros, documentários, fotos revistas e produções científicas, referentes à história da escravidão, inclusive as novas forams de escravidão.
3. Realização exposições itinerantes, oficinas de artes visuais, música, valorização de artistas brasileiros, criação de laços com artistas, europeus, latino-americanos e africanos, tendo como base elementos da cultura de matriz africana , direcionadas a todos os que estejam interessados em aprofundar seus conhecimentos da história da escravidão tanto no Brasil como no resto do mundo.
Espaço geográfico
Visando identificar raízes culturais comuns entre a áfrica e países fruto da diáspora africana o projeto Musue-Valise da História da Escravidão, desenvolve suas atividades internacionalmente, especificamente na Europa ,Africa e Américas, no âmbito da década Afro-descendente , dando ênfase ao Brasil 2015-2025).
Justificativa
O projeto pretende romper com o silêncio e reencontrar o elo perdido entre Africa e seus descendentes. Pretendemos estabelecer uma reflexão sobre a história da escravidão e suas sequelas, favorecendo um maior diálogo intercultural entre os países implicados nesta tragédia.
Resgatar através das artes a história e memória dos afros descendentes acrescenta uma plus valia à nossa auto estima, além de possibilitar alternativas pedagógicas que preencham as lacunas seculares referente ao legado cultural africano e a cultura afro-brasileira.
Em cada cidade que recebe o projeto, propomos além da exposição, conferências, documentários, debates, concertos,assim como oficinas de arte postal. O objetivo de produzir artes com os pariticpantes é fazer uma grande exposição no final da década.Podem participar, crianças, jóvens e adultos,sejam estudantes, professores, artistas, quilombolas, indigenas e o público em geral.
Práticas, Ferramentas e Medodologias
Norteado pela Lei 10.639.03 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura da Africa e afro-brasileira nas escolas, o projeto tem por objetivo a difusão da história geral da colonização, tendo como eixo principal o periodo escravagista e a análise do imaginário negrofóbico colonial em paralelo com a publicidade atual. Por meio das ferramentas das artes visuais, da semiótica e da metodolgia de Paulo Freire, atuamos no campo escolar e museal, atingindo professores, alunos e publico em geral. Concebido pela artista plástica e pesquisadora pernambucana, Inêz Oludé da Silva,o projeto foi visto em Bruxelas, Hamburgo, Paris, Washington, Recife, Maceió, Belém, Brasilia, São Paulo. Iniciará a década com 3 exposições em Bruxelas e uma em Madrid, em março, abril e maio de 2015.
Cinquenta e seis por cento dos brasileiros são de origem africana, representando um universo de cerca de 80 milhões de pessoas, fazendo do Brasil o país com a maior população de origem africana no exterior de África, além de ser também segundo país do mundo, após a Nigéria, com maior número de habitantes de origem africana.
Cientes das possibilidades que o projeto oferece estratégias contra o equecimento como contribuição para dar uma maior visibilidade à nossa história, asim como a promoção da paz, da luta contra a exclusão social e dando ênfase na luta contra o racismo, atualmente em ascenção através do mundo, sobretudo no Brasil, onde ele toma proporcões inquietantes. Estamos confiantes de que será um passo de gigante no caminho da reconciliação e do diálogo intercultural entre a Africa e seus descendentes.