Projeto Kiriku busca apoio do Ministério da Igualdade Racial para construção de novas afrotecas

Equipe do projeto esteve em Brasília e participou de uma reunião de apresentação do Kiriku ao MIR.

FONTEG1, por Sílvia Vieira
Rafael Resende e Josiara Leite, do MIR, o coordenador do Projeto Kiriku e do Afroliq, Luiz Fernando de França e a Profa. Geones Marques Gomes — Foto: Divulgação

A convite do Ministério da Igualdade Racial (MIR), o coordenador do projeto Kiriku e do Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-Brasileira, Afro Amazônica e Quilombola (Afroliq) da Universidade Federal do Oeste do Pará, professor Luiz Fernando de França esteve em Brasília na última semana do mês de março, para apresentar o projeto à assessoria especial da ministra Anielle Franco.

O projeto Kiriku trabalha as relações raciais e literatura infantil antirracista nos Centros Municipais de Educação Infantil de Santarém (Cemeis).

Luiz Fernando e a professora Geones Marques Gomes, coordenadora do Cemei Antônia Corrêa e Sousa, foram recebidos por Rafael Resende e Josiara Leite, da assessoria especial da ministra da Igualdade Racial. Na ocasião, além de apresentar o projeto Kiriku, Luiz Fernando iniciou um diálogo com o MIR em busca de recursos financeiros para manutenção e construção de novas afrotecas em Santarém e região oeste do Pará.

O convite para a reunião de apresentação do Kiriku no Ministério foi feito depois que Luiz Fernando enviou carta para os ministérios em Brasília, contando um pouco das ações do projeto e sobretudo, das afrotecas, que são as primeiras quatro afrotecas no Brasil pensadas para trabalhar com a primeira infância, desde bebês a crianças bem pequenas, com jogos, instrumentos musicais, livros e brinquedos.

“Mandei carta contando do projeto Kiriku para Brasília. Mandei para vários ministérios, dentre eles o Ministério da Igualdade Racial. E o Ministério da Igualdade Racial respondeu interessado em conhecer mais sobre o projeto. E aí é que eles agendaram essa reunião, que ocorreu agora na quarta-feira, dia 27 de março. E eu fui para a reunião representando o projeto, e foi comigo também a professora Geones Marques, que é coordenadora de uma das creches que a gente tem em uma afroteca, né, a Afroteca Sankofa. Apresentamos o nosso projeto de educação antirracista para crianças, contamos um pouco da história do projeto Kiriku, e, sobretudo, buscamos apoio institucional do Ministério, recurso financeiro para a gente poder ampliar as afrotecas, ampliar a política, ampliar as ações”, contou Luiz Fernando.

Ministra da Igualdade Racial Anielle Franco recebeu bonecos do projeto Kiriku — Foto: Divulgação

Durante a reunião, o professor entregou à assessoria especial da ministra Anielle Franco um relatório e um portfólio com um resumo do projeto e de cada uma das afrotecas instaladas em Santarém, e também entregou um projeto de ampliação do Kiriku e de construção de mais 10 afrotecas na região oeste do Pará.

A expectativa do coordenador do projeto é a melhor possível para ampliação do número de afrotecas com aporte financeiro do MIR.

“Foi uma reunião muito interessante, muito proveitosa, muito esclarecedora e muito esperançosa. Eu estou esperançoso na possibilidade de recursos financeiros para que a gente possa ampliar e construir novas afrotecas aqui na região. A reunião foi um sucesso na minha avaliação e a gente fica agora aguardando os desdobramentos. Eles pediram um tempo para avaliar e vão nos convidar novamente para mais uma rodada de conversa, para mais uma reunião, para a gente poder encaminhar como será feito esse apoio institucional e financeiro do Ministério da Igualdade Racial”, finalizou Luiz Fernando.

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