Racismo da polícia nos EUA fez homem negro ser preso confundido com branco 20 anos mais velho

A comparação deixa claro o absurdo – e o racismo – da situação (YouTube/Reprodução)

O jovem Shane Lee Brown, de 25 anos, foi detido durante uma operação policial na cidade de Las Vegas, nos EUA, na qual não apresentou sua carteira de motorista: em seguida, porém, a polícia local encontrou o que acreditou ser um mandado de prisão em seu nome, e o prendeu.

Havia, porém, uma série de detalhes nada pequenos que afastavam completamente Brown da acusação que o levou a ser detido: o suspeito apontado no mandado tinha 24 anos a mais do que o jovem, era 10 centímetros mais alto, tinha olhos azuis, barba grisalha e a pele bastante mais clara – Brown, no entanto, é um jovem negro.

Racismo policial 

A situação ocorreu em janeiro de 2020, e o homem procurado era um homem branco, então com 49 anos e cabelos castanhos de nome Shane Neal Brown – em comum, portanto, os dois de fato somente possuem certa semelhança nominal.

Shane Lee Brown tentou informar que não era ele o suspeito em questão, mas não foi ouvido: libertado quase uma semana após ser preso sem ser acusado de crime algum, o jovem agora está processando a polícia de Las Vegas e Henderson por danos morais em clara situação de racismo, pela qual está pedindo uma indenização de 500 mil dólares.

“Durante sua detenção ilegal, Shane Lee Brown explicou repetidamente a vários policiais e supervisores desconhecidos de Henderson que ele não era o ‘Shane Brown’ branco de 49 anos que era alvo do mandado criminal”, diz o texto do processo.

Oito dias após Lee Brown ser solto, a polícia local descobriu que o verdadeiro suspeito, Shane Neal Brown – que foi preso pela primeira vez em 1994, antes de Lee ter nascido – havia sido preso em San Bernardino, condado na Califórnia: não há confirmação se ele encontrava-se ou não já em custódia quando Lee foi detido em seu lugar.

Uma porta-voz da cidade de Henderson afirmou à imprensa local que a prisão do jovem Lee havia sido correta e dentro da lei, apresentando como motivação somente o uso irregular de carteira de motorista suspensa, bem como infrações de trânsito anteriores.

“O senhor Brown admitiu aos policiais que o prenderam que sabia que sua carteira de motorista estava suspensa e que tinha mandados de prisão por multas de trânsito em Henderson”, afirmou, alegando que o jovem “não apresentou todos os fatos e circunstâncias por trás de sua prisão legal e adequada por parte da polícia de Henderson” em seu processo. O comunicado, porém, não faz qualquer menção ao erro de identificação no momento da prisão.

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