Racismo no Carrefour

(Foto: Geledés)

Desde 2009 registramos casos de racismo no Carrefour e apesar das inúmeras manifestações e denúncias dos movimentos negros sobre as práticas racistas, a situação ocorrida no último dia 19 de novembro reafirma a existência de um padrão institucionalizado de desrespeito e violência destinado à população negra, sem possibilidade de reversão.

Apresentamos um dossiê que reúne as violências sofridas por pessoas negras, e também  as várias tentativas de diálogo propostas pelos movimentos negros visando o enfrentamento do racismo institucional na rede Carrefour, compromisso que não se efetiva na  empresa.

Segue a linha do tempo: 

Homem negro espancado, suspeito de roubar o próprio carro

Manifesto: Racismo no  Carrefour

No dia 07 de agosto de 2009 Januário Alves de Santana, funcionário da Universidade de São Paulo – USP foi com sua esposa, dois filhos, irmã e cunhado fazer compras no Hipermercado Carrefour, na loja da Avenida dos Autonomistas, em Osasco. Na dependência do estabelecimento foi vítima de tortura por motivação racial, dois crimes hediondos enquadrados, na constituição e nas leis 9.455/1997 e 719/1989 (Lei Caó).

Manifesto: Racismo e crimes no Hipermercado Carrefour

Carrefour promete implantar políticas de Ações Afirmativas

No último dia 11, houve uma nova manifestação defronte a sede central do Carrefour, que contou com a participação da CONEN, UNEGRO, Círculo Palmarino, Sindicato dos Comerciários de S. Paulo, CUT, CGTB, ANID, ocasião em que foi entregue aos representantes do Carrefour um Manifesto exigindo do Estado e do Carrefour a apuração dos fatos e a punição dos responsáveis pela agressão sofrida pelo funcionário da USP. Na oportunidade, uma comissão também foi recebida por Armando Almeida Diretor Executivo – Brasil da empresa, além de outros diretores e o mesmo se comprometeu de fato a implementar uma política de ações afirmativas na empresa e para tanto espera contar com a assessoria direta do Movimento Negro.

Mas o Racismo continua sem nenhuma alteração, segue o fio*

Violência Racial: Quando falei que ia ligar para polícia ele me deu um tapa na cara

Carrefour indenizará empregada que tinha a bolsa revistada

Jovem acusa supermercado de racismo em SP

Funcionária xingada de “macaca” recebe R$ 100 mil de indenização

Racismo no Carrefour: ‘Negra desgraçada, eu vou quebrar a sua cara!’

Vítima de racismo em hipermercado pediu afastamento do trabalho por vergonha: ‘Chorei e ainda choro’

Mesmo após ter pago suas compras, cliente é agredido com “mata-leão” em supermercado em São Bernardo

Grupo Carrefour rejeita recomendação do Ministério Público do Trabalho após caso de racismo

Na véspera do Dia da Consciência Negra, seguranças matam homem negro a socos em Carrefour de Porto Alegre

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