Raquel Trindade: Cultura popular e resistência

Raquel Trindade comemora 40 anos de criação do Teatro Popular Solano Trindade e uma vida de dedicação à cultura negra

Por Itamar Dantas Do Album itau Cultural

 Foto: DANIEL VILAÇA / GAZETA DE S. PAULO

Raquel Trindade é atriz, pesquisadora, dançarina, coreógrafa e escritora. Filha do poeta e ativista Solano Trindade (1908-1974), Raquel nasceu no Recife em 1936. Ainda criança, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi registrada. A testemunha de seu registro foi o teatrólogo Abdias Nascimento, que à época já dava início ao Teatro Experimental do Negro.

Em meio à efervescência cultural do Rio de Janeiro, Solano Trindade ajudou a criar o Teatro Folclórico Brasileiro nos anos 1950, ao lado de Haroldo Costa. Após dissidência com os participantes e os investidores, criou o Teatro Popular Brasileiro (TPB), mais identificado com suas convicções. Depois de uma turnê com o TPB pelo Leste Europeu e de se apresentar na capital paulista, a família Trindade desembarcou em Embu. E ali se estabeleceu.

Junto com outros artistas, a família Trindade foi fundamental na criação e na manutenção de uma cultura artística no município, fato que levou a cidade a ter o reconhecimento pela atividade cultural e a ser chamada hoje de Embu das Artes. Em 1974, com o falecimento do pai, Raquel Trindade fundou o Teatro Popular Solano Trindade, que há 40 anos ensina maracatu, coco do Nordeste, Guerreiros de Alagoas, capoeira e bumba meu boi, entre outras manifestações populares, a jovens da região.

Em entrevista à Série +70, a escritora e coreógrafa compartilha um pouco de sua trajetória e fala dos feitos mais importantes de seu pai e de sua família por meio da divulgação, da criação e da promoção da cultura negra no país.

 

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