De forma agressiva, Valadão chamou os religiosos de matriz africana de ‘endemoniados’ e ameaçou acabar com os terreiros existentes do município.
A agressividade e os ataques de Valadão tiveram grande repercussão em nosso meio religioso.
Ontem, sexta-feira, lideranças dos povos de terreiros de Itaboraí divulgaram uma nota de repúdio e registraram um boletim de ocorrência na 71ª DP (Itaboraí), denunciando o pastor Felippe Valadão. Esse boletim de ocorrência já foi repassado para a Decradi-Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, que tem como titular a delegada Débora Rodrigues.
O Deputado Átila Nunes (PSD), que é o relator da CPI da Intolerância Religiosa na Alerj, está entrando com uma ação no Ministério Público para que investigue o uso de dinheiro público pela Prefeitura de Itaboraí na realização do evento e vai registrar o pastor Valadão na Decradi por intolerância religiosa.
Segundo a assessoria do Deputado, ele também solicitará ao Governador Cláudio Castro proteção para os Terreiros de matriz africana.
O advogado e Babalorixá João Batista de Ayrá também vai denunciar o Pastor Felippe Valadão ao Ministério Público.
“Esse pastor passou dos limites, quando nos ofendeu e ameaçou fechar os Terreiros. Ele também extrapolou a Lei nº 7.716/89 – Lei CAÓ de Combate ao Racismo, portanto a sua atitude é inadmissível e não pode ficar impune”.
Vários terreiros e entidades vão entrar com ação contra o Pastor Felippe Valadão, como o Afoxé Ọmọ Ifá, fundado pelo Bàbáláwo Sandro Fatorerá.
A Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB/RJ também publicou uma nota de repúdio.
Eu, Paulo de Oxalá, me incluo nesse repúdio coletivo.
DIGA NÃO A INTOLERÂNCIA.
Axé!