O mundo pôde acompanhar como numa final de Copa do Mundo os gritos enfurecidos e indignados da juventude árabe, que mostraram aos jovens, que até então não tinham mais exemplos de luta, o poder da mobilização e vontade de mudança. Começaram enfrentando a ditadura na Tunísia, derrubando um ditador no Egito, encarando o poder opressor de Kadafi e da OTAN na Líbia. Mas o que parecia que iria terminar por ali vem se espalhando por todos os continentes, inclusive até nos países que pareciam ser tão ricos e invejáveis.
Hoje estudantes secundaristas vão às ruas e dançam a música “Thriller” vestidos de zumbi para mostrar que a Educação morta, em Paris os jovens suburbanos querem dar um basta na violência policial, discriminação, xenofobia, pelo fim da repressão aos imigrantes, fim do apartheid social existente, fim do racismo, assim como garantias de direitos sociais aos trabalhadores e ao povo pobre, todos pedem o fim da monarquia que tanto os oprime.
A juventude em todo mundo pede por mais empregos, mais de 300 mil pessoas ocuparam as ruas de Israel para reclamar do custo de vida elevado. O reflexo da crise econômica hoje mostra a cara muito mais forte e afeta até mesmo o Brasil. Para quem acreditava que a palavra “marolinha” era no diminutivo, errou feio.
Mais de 20 greves estouraram no Brasil, os Bombeiros comoveram o Rio de Janeiro e o país todo, os Professores e os profissionais da Saúde moveram centenas de pessoas às ruas de Macapá. Nesse mês, os técnicos das universidades federais foram à Brasília e acamparam por aumento salarial e criticaram a Privatização dos Hospitais Universitários.
Em Macapá, no último dia 11, o Dia do Estudante, a passagem de ônibus aumentou para R$2,30. E por onde anda o Prefeito Roberto Góes e os deputados? Ninguém sabe dizer. Devem estar numa sala de reuniões, no ar-condicionado, provavelmente. Pois bem, o estudante está na rua, no sol escaldante do meio do mundo. Não deixaremos que os empresários nos modelem ao seu querer e sangre cada vez mais o bolso dos estudantes e trabalhadores amapaenses. Temos a informação que o processo para o reajuste da tarifa é ilegal, a Justiça passou por cima da burocracia que ela própria se orgulha em dizer que cumpre.
A juventude está indignada com tanta corrupção, não queremos ter mais “pessoas” como Sarney, Waldez Góes, Pedro Paulo Dias, Fátima Pelaes. Devemos cobrar cada vez mais o Governo do Amapá para que cumpra o seu papel. A Saúde e a Educação estão abandonadas. Essa é a hora de despertar o sentimento nos jovens amapaenses, o mesmo da juventude árabe, européia e chilena. A indignação é o primeiro passo é a indignação e o segundo é ocupar as ruas!
Fonte: Correaneto
