Reverendo Jesse Jackson fala sobre avanços e retrocessos rumo à igualdade racial nos EUA

FONTEDa Onu
Foto: Drew Angerer/Getty Images

Defensor de direitos humanos, o pastor norte-americano Jesse Jackson fazia parte do grupo que acompanhava Martin Luther King no hotel Lorraine, em Memphis, Tennessee, onde o reverendo foi baleado e morto em 4 de abril de 1968.

Em entrevista ao UN News, Jackson falou sobre os avanços dos direitos civis nos Estados Unidos nos últimos 50 anos, lembrando que, no entanto, também estão ocorrendo retrocessos.

Ele destacou as desigualdades sociais nos EUA, onde “poucos têm muito e muitos têm pouco”, e que apesar de haver o princípio da igualdade racial para afro-americanos no país, “não temos igualdade econômica, e a raça foi usada para nos oprimir e nos negar acesso a recursos”.

Defensor de direitos humanos, o pastor norte-americano Jesse Jackson fazia parte do grupo que acompanhava Martin Luther King no hotel Lorraine, em Memphis, Tennessee, onde o reverendo foi baleado e morto em 4 de abril de 1968.

Em entrevista ao UN News, Jackson falou sobre os avanços dos direitos civis nos Estados Unidos nos últimos 50 anos, lembrando que, no entanto, também estão ocorrendo retrocessos.

Ele destacou as desigualdades sociais nos EUA, onde “poucos têm muito e muitos têm pouco”, e que apesar de haver o princípio da igualdade racial para afro-americanos no país, “não temos igualdade econômica, e a raça foi usada para nos oprimir e nos negar acesso a recursos”.

“O acesso (dos negros) à educação, à saúde e ao desenvolvimento não é igualitário”, declarou. “Esta é a próxima fase da nossa luta, para além da liberdade racial, rumo à igualdade racial”, completou.

Jackson é atualmente chefe da organização Rainbow PUSH Coalition, que luta por mudanças sociais nos EUA. Ele foi pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata em 1984 e em 1988.

Para o pastor, entre as principais conquistas desde a morte de King está o direito ao voto para os negros nos EUA. Outro avanço foi a eleição do primeiro presidente negro, Barack Obama, em 2008.

“Por outro lado, houve reações ao nosso progresso nos últimos anos pelas forças temerosas do (presidente norte-americano Donald) Trump, forças contrárias à justiça racial e à igualdade de gênero, houve certos retrocessos. Mas estamos reagindo. Estou convencido de que o voto é a ferramenta mais forte dessa luta.”

Jackson ressaltou que as lutas e o destino fizeram como que Obama e Martin Luther King proferissem discursos históricos, em épocas diferentes, na mesma área de Washington, ao se referir ao discurso “I have a dream” (“Eu tenho um sonho”), de Martin Luther King, em 1963.

“Há muita pobreza na América. Poucas pessoas têm muito, muitas têm muito pouco. Há muita violência. Muita violência armada. Somos a nação mais violenta do mundo, produzimos a maior parte das armas, e atiramos com elas”, declarou. “Precisamos escolher o futuro em vez de funerais”.

Ele disse que os protestos massivos de estudantes em defesa de regras mais restritivas ao comércio e ao porte de armas nos EUA foi um divisor de águas que pode levar a uma nova coalizão global de consciência para garantir os valores da igualdade racial e dos direitos humanos para todos.

 

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