Roupas no estilo africano para as mulheres

O estilo de se vestir das mulheres africanas é reflexo de séculos de cultura e influência de outras sociedades sobre as tribos da África. A maioria das roupas africanos de hoje foram inspiradas nos modelos tradicionais usados pelos africanos há milhares de anos.

Origem dos estilos

Os estilos tradicionais de roupas usadas pelas mulheres africanas representam sua posição social, política e religiosa. As mulheres senegalesas usam tradicionalmente um “boubou”, uma túnica bordada, folgada e comprida. As mais velhas usam longos vestidos (grand boubous), sobre calças largas. As mais jovens usam “anangos”, que são túnicas mais justas com decote em V e saias feitas de algodão. Na Nigéria os vestidos mais tradicionais são aqueles sem cortes no tecido, e que são envolvidos e pregados em volta do corpo. No sudoeste da Nigéria, as mulheres Yoruba usam “bubas”, blusas que tem a parte de trás arredondada ou mais folgado em forma de V. No leste africano, as mulheres usam cangas, que são xales coloridos, tendo na parte do meio um outro tipo de tecido.

Elementos

As roupas tradicionais africanas tem cores brilhantes e tecidos vivos, variando em regiões. As fibras duráveis e naturais são predominantes, porque elas deixam o corpo respirar, e mantém o corpo confortável em dias mais quentes. A seda é um famosa tecido, assim como o algodão egípcio. Os boubous e grandes boubous são geralmente feitos de damasco tingido e são bordados com designs elaborados. Anangos e pequenos boubous podem ser feitos de tiras de pano, feito de tecidos coloridos que são costurados juntos. Dizem que cada cor simboliza um aspecto da cultura africana. Tingimento é uma das técnicas africanas criada pelos Tuaregs, uma tribo do norte da África. Os tecidos feitos por esse processo simboliza a fertilidade.

Tecidos

Aso oke é um tecido tradicional na África que é feito de tiras de tecidos costurados juntos, parecido com uma colcha, antes de ser cortada para virar roupas. O tecido Adire é criado quando um processo de tingimento é usado para marcar um padrão na roupa. O tecido Kanga é usado pelas mulheres suaílis para fazer xales coloridos, e o Kitenge também é feito em um arranjo de cores e padrões, e é usado no peito ou na cintura.

Significado social

As batas ganharam popularidade no Oeste durante o movimento de orgulho negro da década de 60. E agora vive um ressurgimento graças ao imigração africana. As batas mais formais são frequentemente usadas em casamentos, graduações e outras ocasiões formais. O Kaftan e o dashiki também foram adotados pelas mulheres e homens africanos para mostrar solidariedade às suas irmãs e irmãos durante o movimento dos direitos civis no Estados Unidos. Os envoltórios da cabeça também é outro estilo africano que se tornou popular nos anos 60, como uma forma de reconhecer seus ancestrais e seus costumes oeste-africanos.

Fatos pouco conhecidos

Kaftans e dashikis eram roupas masculinas que foram adotadas pelas mulheres. O Kaftan era supostamente a preferida da Cleópatra. Diziam que a rainha do Egito possuia muitos kaftans de seda, decorados com marcas, bordados, pequenos espelhos e amuletos. No casamento tradicional do oeste-africano, o kaftan da noiva é da mesma cor que o dashiki do noivo. O branco é a cor tradicional nesses casamentos, mas roxo ou lavanda (a cor da realeza africana), e o azul (cor do amor), também são cores comuns.

 

 

 

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