Sambo (Coon) – Reconhecendo estereótipos racistas internacionais – Parte III

Em 1898, quando a escravidão nos EUA já havia sido abolida e as leis de segregação já estavam sendo aplicadas, foi lançado um livro infantil chamado The History of Little Black Sambo — algo como A História do Pequeno Negro Sambo, em português.

por Suzane Jardim no Medium Corporation

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A historinha era sobre um garoto de pele escura que tapeou um grupo de tigres famintos graças a suas habilidades — era felizão, sem preocupações, irresponsável, malandrão, inocente e pans.

O texto original sugeria que o personagem principal era um garotinho indiano, não muito diferente do Mogli, que a gente já conhece — MAS, como estamos falando dos EUA da segregação, rapidamente ligaram o garotinho da história com um negro por suas características.

Claro que os brancos não precisavam de um livro pra pensar isso dos negros, né memo. Esse esteriótipo já existia, associado à palavra Coon— contração da palavra racoon que em português significa guaxinin, sabe? Guaxinin? Aquele animal pequeno, selvagem e que rouba ovos de galinhas sem ninguém perceber porque ele é bem ligeiro etc e tal?

POIS BEM — Coon ou Sambo, se tornaram sinônimos de uma ofensa racial usada para associar negros à malandragem, preguiça, gente que foge das obrigações, que conta altas piada, vive cantando e só quer ficar de boa comendo melancia… Mas depois a gente chega nessa parte.

leia também: 

Reconhecendo estereótipos racistas internacionais – Parte I

O Jim Crow – Reconhecendo estereótipos racistas internacionais – Parte II

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