O filme “Selma”, grande favorito dos críticos na corrida do Oscar, recebeu só duas indicações, nas categorias de melhor filme e melhor canção original (“Glory”).
O longa é um drama sobre a campanha de Martin Luther King em 1965, que deu força ao movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
No filme, King lidera uma marcha sangrenta, e sempre contestada, de Selma a Montgomery, Alabama, para promover a luta pelo direito dos negros ao voto no Estado e em todo o Sul dos EUA.
O elenco inclui Tom Wilkinson, Tim Roth, Oprah Winfrey e David Oyelowo, que faz o papel de Martin Luther King.
Caso a diretora Ava DuVernay tivesse sido indicada para melhor diretora, teria sido a primeira mulher negra nessa posição.
No Twitter, a repercussão por o filme ter sido deixado de lado foi grande. Veja os comentários na rede social.
“SELMA? Um dos melhores filmes do ano. Mas a direção, o roteiro, toda a atuação e a fotografia? Nhé, mais ou menos. A música foi boa, por outro lado”, escreveu o humorista Patton Oswalt, ironizando a lógica da premiação.
O portal “MTV News” postou um artigo defendendo que Selma deveria ter sido indicada a todas as principais categorias do Oscar.
Outras pessoas ressaltaram que Selma não ter sido indicado a muitas categorias se deve à baixa representatividade de negros na Academia.
“Dos membros da Academia que votam no Oscar, 94% são brancos e 77% são homens, segundo o ‘The Times’. Negros correspondem a 2% da Academia”, registra o tweet acima.
“A indicação de ‘Selma’ para melhor filme é o jeito da Academia dizer ‘mas eu tenho um amigo negro!'”.
A âncora da MSNBC Joy Reid comentou: “Então… A Academia não inclui nenhum ator ou atriz negros nas indicações, e jogou ‘Selma’ entre os melhores filmes”.