Pretória, 17 out (Prensa Latina) Os sul-africanos prestarão tributo de recordação hoje ao falecido presidente de Moçambique, Samora Machel, ao se completar 30 anos de sua trágica morte em um acidente de avião ocorrido aqui em 19 de outubro de 1986.
Prevista no local onde aconteceu o fato, em Mbuzini, província de Mpumalanga (a 460 quilômetros ao leste de Pretória), a cerimônia contará com a presença do primeiro-ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, e do vice-presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
Também participarão familiares dos que morreram junto a Machel no fatal incidente, não esclarecido ainda após três décadas.
A comemoração destacará a vida do dignatário moçambicano, que manteve-se no poder desde o dia 25 de junho de 1975 (pouco depois da independência) até o momento de seu falecimento.
Segundo sublinhou um comunicado oficial, a homenagem colocará em destaque o papel desempenhado por Moçambique na libertação da África do Sul e de outros países no subcontinente.
Graças aos sacrifícios desse povo e de Machel na luta contra o apartheid, Maputo e Pretória desfrutam atualmente de um nexo estratégico nos âmbitos político, econômico-comercial e cultural, apontou o texto divulgado pela Presidência.
Ambas partes têm assinado mais de 70 acordos setoriais ‘o que demonstra a força e a profundidade das relações bilaterais’, concluiu.
Líder do movimento de libertação Frelimo desde 1966, Samora Machel perdeu a vida quando retornava de uma reunião de trabalho com outros altos mandatários da região realizada em Zâmbia.
O avião que transportava ele e outras 34 pessoas caiu como resultado de uma explosão em território sul-africano, a cinco quilômetros da fronteira com Moçambique.
Pelas características do desastre cresceu na África a convicção de que a morte do presidente Samora Machel foi uma sabotagem premeditada a qual não estiveram alheios o regime do apartheid e o grupo contrarrevolucionário Renamo.