T-Bone Walker, o criador do moderno blues urbano

 

T-Bone Walker (Aaron Thibeaux Walker)
(Texas, 28 de maio de 1910 – Los Angeles, 16 de março de 1975)

Quem pensa que o som do blues moderno foi criado por Mike Bloomfield e Paul Butterfield na década de 1960 ou por John Mayall e Eric Clapton é porque nunca ouviu T-Bone Walker, o real criador. O primeiro músico de blues a usar uma guitarra acústica amplificada, T-Bone Walker é sem dúvida aquele que lançou as bases para o que é conhecido como o moderno blues urbano. Ele foi a ponte entre o jazz e o blues e criou um estilo que influenciou todo guitarrista desde então. A influência de Walker ultrapassou a sua música. Ele foi o herói de infância de Jimi Hendrix que procurou de alguma forma imitá-lo ao longo de sua vida. BB King também afirmou que T-Bone Walker foi sua principal influência. Seus riffs também ecoaram em Freddie King, Chuck Berry e Jimmy Rogers. T-Bone mudou o mundo do blues, pioneiro da guitarra elétrica a popularizou levando-a ao jazz, ao swing, ao doo-wop, um estilo vocal baseado no rhythm and blues, e foi também de grande importância na construção do soul e do rock’n’roll. Nenhuma quantidade de elogios pode transmitir plenamente a importância monumental do que T-Bone Walker deu ao blues e a sua influência em muitos guitarristas.

T-Bone Walker era um artista completo, igualmente hábil em tocar a sua guitarra como em cantar e dançar. Muitas vezes imitado, tocava a guitarra de uma maneira muito especial e é como guitarrista de blues que lembramos dele, mas a sua voz suave, era tão elegante quanto o som de sua guitarra. Foi um músico que escreveu as suas próprias partituras, a sua canção mais conhecida, ‘Call It Stormy Monday’, foi descoberta por quase todos os músicos de jazz e de blues, assim como por quase todas as bandas de rock dos anos 70.

fonte: http://pintandomusica4.blogspot.com.br/2012/09/t-bone-walker.html

No início da década de 1960, a carreira de T-Bone Walker começou a decrescer, apesar de sua apresentação no ‘American Folk Blues Festival’ em 1962 com Memphis Slim, entre outros. Portanto, ‘T-Bone Blues’ é o último disco realmente indispensável da carreira do guitarrista. Originalmente lançado em 1959 o relançamento em 1994 adicionou quatro faixas bônus, incluindo ‘Why Not’, que Jimmy Rogers surrupiou e mais tarde registrou como ‘Walkin’ by Myself’ e creditou a si mesmo, e uma interpretação comovente de ‘How Long Blues’ do cantor, compositor e pianista Leroy Carr. O som é simplesmente magnífico, tão nítido que parece que T-Bone está sentado do nosso lado. E é apoiado por Junior Wells na gaita, Jimmy Rogers na guitarra, Ransom Knowling no baixo, Lloyd Glenn no piano e pelos saxofonistas Mack Easton, Goon Gardner, Plas Johnson e Eddie Chamblee. E T-Bone está soberbo em todo álbum, basta ouvir os seus solos inspiradíssimos em ‘Blues For Marili’, ‘Mean Old World’, na clássica ‘T-Bone Blues’, e na versão definitiva para ‘Papa Ain’t Salty’. E é uma delícia ouvi-lo em ‘Play On, Little Girl’, acompanhado pelo gaitista Little Walter, e também em ‘T-Bone Blues Special’. Há também uma série de instrumentais surpreendentes. Duelos de T-Bone Walker com o seu sobrinho guitarrista R.S. Rankin e com o estimado guitarrista de jazz Barney Kessel na ‘Two Bones And A Pick’. Os destaques são muitos. Realmente, ‘T-Bone Blues’ é um álbum gratificante. Um complemento essencial para qualquer coleção de blues elétrico.

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Fonte: GNN

 

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