A perspectiva negra decolonial brasileira: insurgências e afirmações intelectuais
Em um momento de emergência da decolonialidade enquanto projeto teórico-prático que apresenta para o Brasil e toda América Latina e Caribe novas condições de poder, saber e ser, a perspectiva negra decolonial brasileira deve ser posicionada como uma agenda epistêmica que tem descolonizado nossas teorias e práticas educacionais. Aeducação e o currículo são territórios de disputas contínuas. Projetos como o Escola Sem Partido e os discursos em torno da “ideologia de gênero” nos mostram como tem sido articulada uma resistência colonial a um currículo decolonial, como pontuou Nilma Lino Gomes. Projetos antagonistas têm disputado as representações, os sentidos e os saberes que permeiam o fazer educativo nas escolas e universidades brasileiras. Do lado de cá, as disputas realizadas pelo movimento negro tensionam há décadas por uma educação que rompa com o epistemicídio. Sueli Carneiro, nossa mestra, afirmou que as trajetórias de educadoras/es e educandas/os negras/os nas salas de aula são ...
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