Taís Araújo é nossa musa da igualdade

FONTEDa Revista Claudia
(Foto: Fernando Tomaz)

Inspiração para muitos, Taís busca referências em personalidades como o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela: “Desde garota sou alucinada por ele”. Ela conta que aprendeu muito com o advogado rebelde, que chegou à presidência em 1994, após quase 30 anos de prisão e de um Prêmio Nobel da Paz, por se opor ao apartheid, que obrigava os negros a viverem separados dos brancos, sem direitos políticos e econômicos. “A história dele é incrível!”, diz, entusiasmada.

Em janeiro, Taís não hesitou em viajar para os Estados Unidos para ver a posse do presidente Barack Obama. “Eu precisava testemunhar aquele momento histórico”, explica a atriz. Por que foi tão importante, para ela, conferir a vitória de um negro americano? A resposta está relacionada a um episódio que a atriz guarda na memória: um dia, na escola, um colega quis saber se quem lhe pagava a mensalidade era a patroa da mãe dela – supondo que fosse filha de uma empregada doméstica. A pergunta lhe queimou os ouvidos. E a alma. Assim, qualquer avanço de um negro reflete nela – e nos outros negros. Em se tratando da conquista da presidência da maior potência mundial, com passado segregacionista, os ecos são ainda mais fortes.

Taís estudou em escolas boas e caras porque os pais, o economista Ademir e a pedagoga Mercedes, elegeram como investimento principal a educação dela e da irmã, a médica Claudia, 37 anos. “A vida inteira frequentei colégios que só tinham brancos. De cara, deu para entender como funcionava o país. Olhava à minha volta e não conseguia me identificar”, conta a atriz, que treinou cedo suas respostas ao preconceito. Apesar disso, sua infância e adolescência transcorreram de forma feliz no Méier, subúrbio da zona norte onde morou até os 8 anos, e na Barra da Tijuca, bairro de classe média alta, na zona oeste.

 

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