Taís Araújo sobre racismo: ‘Existe um abismo e todos nós somos responsáveis por isso’

Tais Araujo e sua mae D. Mercedes Araujo - Projeto Emocoes em Alto Mar com show de Roberto Carlos no transtlantico Costa Favolosa, atracado no Pier Maua, zona portuaria, Rio de Janeiro, RJ. (17/02/19) Foto: Roberto Filho / Brazil News.

Atriz esteve no Cruzeiro Emoções em Alto Mar, de Roberto Carlos, e conversou com OFuxico

Por Flávia Almeida Do Ofuxico

Taís Araújo sobre racismo:
Taís Araújo sobre racismo: ‘Existe um abismo e todos nós somos responsáveis por isso’ – Roberto Filho/Brazil News

Em um breve momento de folga, Tais Araújo curtiu o domingo (17) no navio Costa Favolosa, ancorado no Píer Mauá, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, participando do jantar de gala e do show de Roberto Carlos, na 15a edição do Cruzeiro Emoções em Alto Mar.

Em conversa com a reportagem de OFuxico, a atriz comentou os recentes casos de racismo estrutural que, infelizmente, tem sido uma crescente no país. O mais recente caso, o assassinato de Pedro Henrique Gonzaga, em um hipermercado no Rio de Janeiro, deixou a atriz ainda mais tocada.

“Esse é mais um caso de racismo estrutural que tem nesse país. Acho que a gente precisava cair esse véu, que caiu pra uma parte da população, mas pra outra não. De meritocracia, de democracia racial, de ‘somos todos iguais’, e somos sim, mas só perante a lei. Na vida não é assim. Acontece de maneira muito diferente”.

Para Tais, mãe de um casal de crianças, a preocupação é uma constante e precisa ser mudada. –

“A preocupação é diária. Não só minha, mas de todas as mães com seus filhos. E eu ainda sou mãe de crianças negras. A preocupação vai fazer parte da minha vida pra sempre. É preciso enxergar quer existe um abismo e todos nós somos responsáveis por isso. Brancos e não brancos. Negros e não negros. Todos nós somos responsáveis enquanto sociedade e não só uma parcela ficar gritando ‘para com isso! Não dá mais, nos respeitem’. O outro lado que não é tão atingido tem que entender que a sociedade é uma só e que tem que trabalhar também, tem que se sentir responsável porque não é só uma parcela é responsável. É toda a sociedade. Falta muita coisa. Infelizmente”.

Diante de um início de ano pesado em vários aspectos dos, a mulher de Lázaro Ramos chamou a atenção para a responsabilidade de cada cidadão.

“A gente precisa se fiscalizar muito. Desde as instalações onde a gente está, as relações que a gente tem, a sociedade que a gente vive. Não podemos tirar o corpo fora porque a teoria não diz respeito à gente, porque, no fundo, diz”.

Crédito: Roberto Filho/Brazil News

 

Crédito: Roberto Filho/Brazil News

 

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