Teoria do Caos

 No caminho com Maiakovski

Na primeira noite, eles se aproximam

e colhem uma flor de nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem,

pisam as flores, matam nosso cão.

E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles,

entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo,

arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada,

já não podemos dizer nada.

  por Eduardo Alves da Costa 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bertold Brecht (1898-1956):

 

 

 

Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo.

 

 

Martin Niemöller anti-nazista que teria dito com outras palavras algo igual por volta de 1933:

 

 

 

Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.

Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram

Meu outro vizinho que era comunista.

Como não sou comunista, não me incomodei .

No terceiro dia vieram

e levaram meu vizinho católico.

Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram;

já não havia mais ninguém para reclamar…

 

 

 

 

Fonte: Google

-+=
Sair da versão mobile