Tiro com arco: brasileira é a primeira negra da modalidade do país em Olimpíadas

Ao lado de Marcus D´Almeida, Ane Marcelle vai representar o Brasil no Parque de Yumenoshita, localizado no distrito de Yumenoshita, em Koto, leste de Tóquio

FONTEPor Daniel Ottoni, do O Tempo
Ane Marcelle dos Santos ficou em 33º na primeira fase do individual feminino Imagem: Miriam Jeske/COB

A atleta do tiro com arco Ane Marcelle fez história antes mesmo de estrear nas Olimpíadas de Tóquio. Ela será a primeira mulher negra do Brasil, dentro da modalidade, a participar do maior evento esportivo do planeta. Ao lado de Marcus D´Almeida, ela vai representar o Brasil no Parque de Yumenoshita, localizado no distrito de Yumenoshita, em Koto, leste de Tóquio.

Os dois estiveram nos Jogos do Rio de Janeiro de 2016 e vão tentar usar a experiência de cinco anos atrás para fazer bonito em Tóquio.

“Estou muito orgulhosa da minha trajetória, de ser a primeira atleta negra do tiro com arco a disputar os Jogos Olímpicos pelo Brasil. Quero fazer bonito aqui como fiz em 2016”, diz a carioca de 27 anos, que tem o melhor resultado do Brasil no tiro com arco da história, a 9ª colocação nos Jogos do Rio.

Ane Marcelle se classificou para Tóquio ao conquistar o Campeonato Pan-americano da modalidade, em junho deste ano, em Monterrey, no México, colocando um fim nas dúvidas e barreiras que a pandemia impôs na sua preparação. 

“No começo da pandemia, eu fiquei cinco meses sem atirar, o nosso Centro de Treinamento foi fechado, isso atrapalhou um pouco a preparação. Mas, também, eu tirei um pouco da pressão e pude dar uma relaxada e isso acabou ajudando a conquistar a vaga para os Jogos”, conta. 

Com 23 anos, Marcus assegurou a vaga ao conquistar a medalha de prata no Pan de Lima. Apesar de novo, ele tem uma bagagem importante, tendo sido medalha de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim 2014, além do vice-campeonato do Mundial júnior. Nos Jogos do Rio, em 2016, participou do evento com apenas 18 anos. 

“Acho que pulei algumas etapas e não cheguei aos Jogos do Rio do jeito que eu gostaria. Hoje eu entendo o que foi disputar uma edição dos Jogos, o tamanho de tudo aquilo, e estou mais maduro. Estou aqui em Tóquio pronto para fazer o que eu treinei, da melhor forma possível, pensando sempre coisas positivas”, analisa Marcus, que vai disputar as provas individuais e também a mista ao lado da compatriota. 

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