Aprenda a se amarrar com sete modelos de turbantes feitos especialmente para você
Os turbantes chegaram para ficar e, mesmo as mais ousadas, ainda têm muitas dúvidas de como amarrá-los e quais são as possibilidades de uso dos modelos. Tradicional em culturas como a oriental e a africana, o turbante reaparece em um momento em que as modas se debruçam a observar a diversidade de outros povos, antes tidos como marginais ou periféricos. Bom exemplo é a tendência étnica, que vem se reinventando e trazendo novidades a cada estação, permanecendo há algumas temporadas. É um sinal da força dos movimentos de inclusão e ascensão das demais culturas em face do novo cenário que se desenha na política e economia mundial.
Nos grandes desfiles nacionais e internacionais, como os da Prada, Donna Karan, Burberry e Neon, como também em outras áreas do design, surgem padronagens e partidos que exploram os grafismos, a mistura de cores, o uso de materiais e técnicas, colocando o multiculuralismo no auge das discussões estéticas.
Seja símbolo de proteção religiosa, seja para representar distinções hierárquicas ou simplesmente para exercer função adornativa, os turbantes já apareceram em outros momentos importantes da história da indumentária e da moda, como quando foi, por exemplo, eternizado por Paul Poiret na década de 30, e servia para esconder os cabelos sem cuidados na escassez da Segunda Guerra. Esteve presente como símbolo de resistência negra na década de 60 e ganhou seguidoras importantes como Greta Garbo, Simone de Beavouir e Carmem Miranda.
No Brasil, a forte influência da cultura africana fez da cidade de Salvador uma grande referência no uso dos turbantes, ora disseminados pelas cabeças das baianas vendedoras de acarajé, ora pela indumentária dos blocos afros como o Ilê Aiê, pelos trajes utilizados no culto ao candomblé, por personalidades e disseminadoras da cultura afrobaiana, por nomes como Negra Jhô, e descoladas como a designer Thaís Muniz.
Referência entre os mais modernos na cidade por incluir as amarrações no seu visual propondo um styling onde a cultura street vive lado a lado com este símbolo tradicional, resolvemos provar como a arte dos nós é fácil convidando Thaís a encarar o desafio de produzir sete amarrações diferentes que, no fim das contas, foi ainda mais desafiador para mim, sua “cobaia”.
Como sempre me amarrei literalmente em lenços e tenho uma coleção deles, enfrentei a câmera e servi de exemplo para aprender como usar da melhor forma meus carrés. Depois de muitas gargalhadas e do sentimento de missão cumprida, divido agora com vocês alguns modelos registrados pela fotógrafa Clarice Machado, que nos emprestou seu olhar aguçado nas fotos realizadas na turística Linha Verde no Litoral Norte baiano.
Agora basta todo mundo seguir o exemplo, encabeçar essa atitude e escolher em qual vai se amarrar !
1 – O primeiro passo é escolher um lenço grande e que tenha a sua cara: divertido, colorido, liso. Não importa! Você precisa se sentir confortável com o acessório – Foto: Clarice
2 – Lenço escolhido, é hora de dividir a peça, segurar em cada ponta e colocá-la na parte de trás da cabeça. Feito isso, cruze as duas partes na testa – Foto: Clarice Machado/Divulgação
3 – Dê dois nós na parte da frente e um nó na parte de trás da cabeça. A peça precisa estar bem presa e o resultado será uma espécie de ‘cabana’ no topo da cabeça – Foto: Clarice
4 – E para finalizar é só arrematar com um nó centralizado (que é o charme desse modelo de turbante!) – Foto: Clarice Machado/Divulgação
5 – Com muitos nós e composto por cinco lenços, essa amarração remete aos majestosos turbantes do bloco afro Ilê Aiê. Eles se transformam numa grande escultura – Foto: Clarice
6 – A estampa vintages – no melhor estilo Versace – está em alta e fica bem tanto para o dia quanto para a noite – Foto: Clarice Machado/Divulgação
7 – O lenço grande permite dar várias voltas e criar mais volume. O toque final fica por conta de acessórios presos ao tecido – Foto: Clarice Machado/Divulgação
8 – O modelo mais simples é o de lacinho: ideal para quem quer começar a se arriscar na arte dos lenços – Foto: Clarice Machado/Divulgação