Uefa abre investigações contra abusos racistas e homofóbicos nos jogos da Hungria na Euro

Jogadores da França, como Benzema e Mbappé, e Portugal, como Cristiano Ronaldo, teriam sido os principais alvos em Budapeste

FONTEGlobo Esporte
Jogadores da seleção da Hungria saúdam a torcida na arquibancada lotada na Arena Puskás, em Budapeste — Foto: REUTERS/Tibor Illyes

A Uefa abriu uma investigação sobre “potenciais incidentes discriminatórios” que ocorreram em Budapeste durante os jogos da Hungria na Euro 2020 contra a França e Portugal.

Segundo a imprensa francesa, jogadores sofreram abusos racistas no empate de 1 a 1 no sábado, com o atacante Kylian Mbappé recebendo gritos de macaco quando estava com a bola. Karim Benzema, de raízes argelinas, também foi alvo de atos discriminatórios por parte dos torcedores húngaros.

No primeiro jogo da Hungria na fase de grupos contra Portugal, uma derrota por 3 a 0, a imprensa portuguesa noticiou que o astro Cristiano Ronaldo foi, por sua vez, alvo de cantos homofóbicos. Além disso, uma faixa preconceituosa contra gays também teria sido vista no setor onde estavam localizados ultras (torcedores violentos) húngaros.

Em ambos os jogos, mais de 55 mil pessoas compareceram à Arena Puskás, em Budapeste. A maioria, torcida do país anfitrião. A Uefa disse que as informações sobre a investigação “serão disponibilizadas em devido tempo”.

Durante a última semana, o parlamento húngaro aprovou uma lei que restringe os direitos de informação dos jovens com relação à homossexualidade e transexualidade. A lei é considerada importante para o primeiro-ministro conservador de extrema-direita Viktor Orban.

A Hungria joga seu último jogo do Grupo F contra a Alemanha, em Munique, na quarta-feira. E, curiosamente, a Câmara Municipal da cidade alemão pediu que a Allianz Arena, estádio que recebe a partida, seja iluminada com as cores do arco-íris (um símbolo do movimento LGBTQ).

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