Para Formiga, vingar no futebol implicava superar a tripla barreira por ser mulher, negra e nordestina. Foi além, tornando-se a maior e mais longeva jogadora das Copas
Decidiu voltar à seleção no início de 2018, convencida pelo técnico Vadão de sua importância para o time, que não conseguia encontrar uma substituta à altura na posição. “Ela não é desse planeta”, costuma dizer o treinador ao exaltar sua condição física. Apesar da rodagem, a volante é uma das integrantes do plantel brasileiro que mais corre durante as partidas, com média superior a 10 km por jogo. Atualmente, com seu poder de cadenciar o jogo nos momentos de pressão, é o ponto de equilíbrio de um conjunto desequilibrado. Mesmo com o dobro da idade de algumas adversárias, ela dá carrinho, cobre as laterais e ganha divididas esbanjando fôlego de menina. Por excesso de vontade, levou cartão amarelo diante da Jamaica ao parar um contra-ataque que parecia fulminante.
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