“Um por todos e todos por um”: A história do escritor negro, Alexandre Dumas.

Alexandre Dumas (Foto: Wikimedia/Google Cultural Institute)

Alexandre Dumas é considerado um dos maiores romancistas franceses. Nasceu em Villers-Cotterêts, na França, no dia 24 de julho de 1802. É autor de obras clássicas, como O conde de Monte Cristo, Os três Mosqueteiros e O homem da mascara de ferro.

Ganhou fama ao retratar em suas obras a tirania da corte francesa e defender ideais de coragem, lealdade, amor, amizade e justiça.

Apesar de escrever obras que são famosas no mundo inteiro, a vida do autor nem sempre foi fácil. Ele era neto do marquês Alexandre Antoine Davy de la Pailleterie e de Marie-Césette Dumas, uma mulher negra que foi escravizada. Seu pai foi Thomas Alexandre Davy de la Pailleterie, mais conhecido como General Dumas, grande figura militar de sua época, tendo participando da Revolução francesa. Entretanto, Thomas-Alexandre não teve o reconhecimento que merecia.

Dumas tinha muita admiração por seu pai, e isso pode ser visível em seus livros, Criou personagens que lutam bravamente, mesmo com seus pais sendo desprezados. Em Os Três Mosqueteiros, por exemplo, o autor se inspirou nas luta e batalhas da vida se seu pai.

Por mais que seus traços negros nunca tenham sido realmente rejeitados em documentos históricos, é comum que ele seja representado em adaptações artísticas e em retratos como um homem branco, o que leva várias pessoas à crença errada.

Um dos casos mais famosos desse apagamento de sua raça, foi na adaptação, L’Autre Dumas (O Outro Dumas), de 2010, na qual o ator Gérard Depardieu, branco, loiro e olhos azuis, foi escalado para interpretar Dumas. O ator usou uma peruca de cabelos encaracolados e teve a pele escurecida na sua caracterização. Na época o produtor do filme, Frank Le Wita, se manifestou em defesa da escolha do ator. A escolha, no entanto, não foi bem vista por ativistas negros da frança.

Alexandre Duma morreu em 1870, após um derrame. Seu corpo foi exumado somente em 2002, onde o então presidente francês Jacques Chirac, reconheceu os atos de racismo sofridos pelo escritor durante vida. O corpo de Dumas foi enterrado no panteão, ao lado de Victor Hugo e Voltaire, figuras proeminentes francesas.

As obras do escritor, são ainda hoje consideradas um clássico da literatura, tendo seus livros traduzidos para quase 100 línguas e adaptados em mais de 200 filmes.

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