Uma em cada três mulheres já sofreu violência doméstica no mundo. Descubra os piores lugares

Mais de um terço de todas as mulheres do mundo é vítima de violência física ou sexual, o que representa um problema de saúde global com proporções epidêmicas, disse um relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quinta-feira (20).

A grande maioria das mulheres sofrem agressões e abusos de seus maridos ou namorados, e sofrem problemas de saúde comuns que incluem ossos quebrados, contusões, complicações na gravidez, depressão e outras doenças mentais, diz o relatório. 

A pesquisa, uma coautoria de Watts e Claudia Garcia-Moreno, da OMS, concluiu ainda que 38% de todas as mulheres vítimas de homicídio foram assassinadas por seus parceiros, e 42% das mulheres que foram vítimas de violência física ou sexual por parte de um parceiro carregam lesões como consequência.

Saiba mais a seguir

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O relatório constatou que a violência contra as mulheres é uma das causas para uma variedade de problemas de saúde agudos e crônicos, que vão desde lesões imediatas, infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, à depressão e transtornos de saúde mental.  

A OMS está emitindo orientações para os profissionais de saúde sobre como ajudar as mulheres que sofrem violência doméstica ou sexual. A organização salienta a importância em treinar os profissionais de saúde para reconhecer quando as mulheres podem estar em risco de ser agredida pelo parceiro e saber como agir. 

Descubra quais os países onde esse tipo de agressão é mais comum

 

O estudo apresenta dados separados por região. No sudeste da Ásia, por exemplo, 37,7% dos ataques são cometidos pelos próprios parceiros. Isso acontece em países como Bangladesh, Timor-Leste, Índia, Mianmar, Sri Lanka e Tailândia.
 
Quando se discutem ataques cometidos por homens sem nenhuma relação íntima com suas vítimas, esse número sobe para 40%
 
 
No Egito, Irã, Iraque, Jordânia e Palestina, 37% das mulheres sofrem algum tipo de violência por parte de seus parceiros.
 

Em países da África, o número é um pouco mais baixo, mas ainda assim alarmante: 36% das vítimas são atacadas pelos parceiros no Congo, Uganda, Namíbia, Botsuana, Camarões, Etiópia, Quênia, Lesoto, Libéria, Malawi, Moçambique, Ruanda, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. 

No caso de agressões cometidas por alguém sem nenhuma relação com a vítima, o número cresce para 45,6%

Analisando os casos cometidos por homens sem nenhuma relação íntima com a vítima e aqueles cometidos pelos parceiros contra mulheres acima de 15 anos, também chegamos a números assustadores

Na Europa e no Pacífico Ocidental, os números caem ligeiramente, com 27% e 28%, respectivamente. Os dados incluem países como França, Finlândia, Grécia, Rússia, Austrália, China, Filipinas e Nova Zelândia

Mesmo países desenvolvidos e considerados ricos aparecem na pesquisa, totalizando um total de 32,7% de casos.

Em um comunicado que acompanha o relatório, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a violência causa problemas de saúde com “proporções epidêmicas”.

— Os sistemas de saúde do mundo podem e devem fazer mais pelas mulheres que sofrem violência

 

 

Fonte: R7

 
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