Vandalismo em obra no Rio de Janeiro demonstra racismo e deve ser abolido

FONTEPor Guilherme Wisnik, do Jornal da USP
Guilherme Wisnik (Foto: Imagem retirada do site do Correio)

No Espaço em Obra desta semana, Guilherme Wisnik comenta o ato de vandalismo que aconteceu na segunda-feira (19/7) contra o mural do Memorial Nossos Passos Vêm de Longe, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A pintura foi idealizada pela Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial (IDMJR) e realizada em homenagem às mulheres negras que lutaram pelo direito da população negra no Brasil e contra a violência. Em relação ao ato, vândalos cobriram de tinta branca o memorial. “Ali estão representadas desde Maria Conga, mulher que veio do Congo e que foi alforriada, até Marielle Franco. E esse ato de deliberado racismo mais uma vez propaga no Brasil a recorrente forma de opressão que cada vez mais é insustentável e precisa ser abolida da nossa sociedade”, comenta Wisnik.

O professor destaca que o repertório musical brasileiro é repleto de denúncias ao racismo. “Hoje me ocorreu falar da canção Mão da Limpeza, do Gilberto Gil, em que ele acusa esse racismo renitente na sociedade brasileira”, indica Wisnik.

Foto em destaque: Reprodução/ Correio

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